Vivemos numa sociedade que se rege por lógicas de produção e eficácia. Frequentemente, olhamos para a nossa vida, para os outros e para os acontecimentos que nos rodeiam desde essa perspetiva.
Há na liturgia uma pedagogia própria que nos vai introduzindo nos acontecimentos preponderantes da vida de Jesus. Mas, muitas vezes, corre-se o risco de a não aproveitar, porque não mergulhamos de verdade naquilo que celebramos e não tiramos conclusões para a nossa vida.
Celebrar a Santíssima Trindade não é um convite a decifrar o mistério que se esconde por detrás de "um Deus em três pessoas"; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor.
Com a Solenidade de Pentecostes, a Igreja conclui o Tempo Pascal. Tempo marcado pela alegria da Ressurreição do Senhor. Tempo privilegiado de escuta dos relatos das aparições de Jesus aos seus discípulos. Tempo de uma renovada esperança.
Neste domingo, celebramos a Ascensão do Senhor. Noutros países, esta solenidade continua a celebrar-se na quinta-feira anterior como feriado e dia santo. Em Portugal, a sua comemoração foi transferida para o domingo seguinte.
A liturgia do VI Domingo da Páscoa convida-nos a contemplar o amor de Deus! É um Domingo que nos conduz diretos ao coração, ao núcleo da nossa fé e da Revelação cristã. “Deus é Amor!” (1 Jo 4, 8) Eis que tudo se condensa e converge nesta verdade, transformando tudo o resto em glosa e comentário.
Em tempo pascal, neste V domingo, somos convidados a meditar a nossa realidade de povo nascido da Páscoa. Povo enxertado na videira que é Cristo, no seu lado aberto e como ramos da verdadeira vide, damos fruto abundante alimentados pela seiva do seu Espírito.
Neste domingo do “Bom Pastor”, celebra-se também o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Na sua mensagem, o Papa Francisco indica como exemplo de vocação a figura de S. José, “tão próxima da condição humana de cada um de nós”.
A boa nova da ressurreição permanece como mensagem primeira a acolher e anunciar. Ao longo do tempo pascal, prolonga-se a alegria da manhã de Páscoa, na certeza da vitória da Vida sobre a morte e o pecado.
Termina hoje a oitava da Páscoa, durante a qual fomos convidados a viver de forma particularmente intensa a ressurreição do Senhor. Uma festividade é prolongada no tempo quando se pretende realçar a sua importância.