Lectio divina para o 14º Domingo do Tempo Comum (Podcast)

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Texto: P. Jorge Guarda
Vozes: Sílvia Malta e P. Eduardo Caseiro

Deus nas obras e palavras de um dos nossos?

Lectio Divina para o Domingo XIV do Tempo Comum (Ano B), 4/7/2021

Introdução

O evangelho do XIV domingo conta-nos a experiência de Jesus na sinagoga de Nazaré. Os conterrâneos ficam admirados com as suas obras e palavras, mas os olhos e o coração deles não o reconhecem como enviado de Deus. Pode acontecer também hoje que tenhamos familiaridade com tradições e práticas religiosas, mas os nossos olhos, por falta de fé, não reconhecem a palavra e os sinais de Deus na Igreja, no mundo e na vida. Será que Deus se pode dar a conhecer nas obras e palavras de um nosso familiar, vizinho, colega de trabalho ou membro da nossa comunidade? E na Eucaristia dominical?

Palavra de Deus (Mc 6, 1-6)

Vamos escutar uma passagem do Evangelho segundo São Marcos

Naquele tempo,
Jesus dirigiu-Se à sua terra
e os discípulos acompanharam-n’O.
Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga.
Os numerosos ouvintes estavam admirados e diziam:
«De onde Lhe vem tudo isto?
Que sabedoria é esta que Lhe foi dada
e os prodigiosos milagres feitos por suas mãos?
Não é ele o carpinteiro, Filho de Maria,
e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão?
E não estão as suas irmãs aqui entre nós?»
E ficavam perplexos a seu respeito.
Jesus disse-lhes:
«Um profeta só é desprezado na sua terra,
entre os seus parentes e em sua casa».
E não podia ali fazer qualquer milagre;
apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos.
Estava admirado com a falta de fé daquela gente.
E percorria as aldeias dos arredores, ensinando.

Meditação

A cena do evangelho passa-se em Nazaré, a terra de Jesus e onde viviam os familiares. A um sábado, ele vai com os discípulos à sinagoga, para escutar a palavra de Deus, bendizê-lo e adorá-lo, juntamente com a comunidade judaica local. Já tinham chegado ali notícias dos prodígios que Jesus fizera em toda a Galileia. Convidam-no e ele aceita fazer a leitura da Palavra de Deus e o respetivo comentário ou homilia. 

Os numerosos ouvintes estavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem tudo isto?

Espantados com o ensinamento de Jesus, os seus conterrâneos interrogam-se como é possível ele saber tanto e falar tão bem das coisas de Deus. Pode acontecer também hoje que os preconceitos impeçam reconhecer a realidade. Diz o Papa Francisco: “O Senhor convida-nos a assumir uma atitude de escuta humilde e de expetativa dócil, porque a graça de Deus se apresenta, com frequência, de maneiras surpreendentes, que não correspondem às nossas expetativas.”

* Que preconceitos me cegam a vista e entorpecem o entendimento para me deixar surpreender e reconhecer os sinais e os mensageiros de Deus?

Não é ele o carpinteiro, Filho de Maria, e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão?

Para os habitantes de Nazaré, Jesus é um homem demasiado normal para ser um enviado de Deus e profeta. Ficam escandalizados e incrédulos. Diz o Papa Francisco: “Deus não se conforma com os preconceitos. Devemos esforçar-nos por abrir o coração e a mente, para acolher a realidade divina que vem ao nosso encontro. Trata-se de ter fé: a falta de fé é um obstáculo à graça de Deus.” 

* Reconheço que pessoas frágeis e com limites, como os padres, catequistas e outras, podem ser instrumentos de Deus para me ajudar a crescer na vida cristã? 

Estava admirado com a falta de fé daquela gente. E percorria as aldeias dos arredores, ensinando.

Embora recusado como profeta pelos seus irmãos, por ser também um simples homem, Jesus não desiste e continua noutros lugares a sua missão. Ele identifica-se com os débeis e fracos e vai à sua procura para os ensinar e curar com a misericórdia divina. Vem também ao nosso encontro para nos tocar e transformar com o amor de Deus e tornar-nos como ele instrumentos desse amor e da salvação para todos.

* Acredito que Jesus está verdadeiramente presente na fragilidade do pão eucarístico e se dá a nós em comunhão, tornando-nos capazes de amar os outros ao seu jeito?

Oração

Jesus,
dá-nos ouvidos capazes de te escutar
e olhos que te reconheçam além das aparências.
Desfaz a dureza dos corações e a limitação das mentes,
para que sejamos abertos à tua graça,
à tua verdade e à tua missão de bondade e misericórdia,
que se destinam a todos, sem excluir ninguém. Ámen

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