Lectio divina para o 11º Domingo do Tempo Comum (Podcast)

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Texto: Padre Gonçalo Diniz
Vozes: Paulo Lameiro e Cristiana Lameiro

A semente que cresce…

Lectio Divina para o Domingo XI do Tempo Comum (Ano B), 13/6/2021

Introdução

Vivemos numa sociedade que se rege por lógicas de produção e eficácia. Frequentemente, olhamos para a nossa vida, para os outros e para os acontecimentos que nos rodeiam desde essa perspetiva. A força, a beleza, o poder, e tantas outras realidades, dominam a nossa escala de valores.

Aonde nos leva essa lógica? Que mundo construímos quando assim pensamos e agimos?

Deus apresenta-nos uma ‘lógica’ diferente. Esta alcança a sua revelação plena no acontecimento da cruz, onde Deus se manifesta como fraco e impotente, sucumbindo ao mal e à morte. Mas sabemos que é daí que brota a vida na manhã de Páscoa. A força da ressurreição nasce da fragilidade da cruz, a beleza da vida plena só é possível graças ao escândalo da cruz. A eucaristia que nos alimenta, porque é Corpo e Sangue de Cristo, é feita de grãos triturados e de uvas esmagadas. 

Nas parábolas que hoje meditamos, numa linguagem simples e acessível, Jesus apresenta-nos esta nova ‘lógica’, a ‘lógica do Seu Reino. E assim, convida-nos a pôr a nossa confiança, não nas nossas forças e capacidades humanas, mas sim em Deus, que tudo pode.

Palavra de Deus (Mc 4, 26-34)

Vamos escutar o relato do Evangelho segundo São Marcos
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 

«O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Dorme e levanta-se, noite e dia,
enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga,
por fim o trigo maduro na espiga.
E quando o trigo o permite, logo se mete a foice,
porque já chegou o tempo da colheita».
Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o reino de Deus?
Em que parábola o havemos de apresentar?
É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra,
é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;
mas, depois de semeado, começa a crescer
e torna-se a maior de todas as plantas da horta,
estendendo de tal forma os seus ramos
que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra».
Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas,
conforme eram capazes de entender.
E não lhes falava senão em parábolas;
mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos. 

Meditação

Jesus fala em parábolas para que O possamos entender, para que a Sua palavra seja acolhida no nosso coração e produza frutos na nossa vida.

* Estou aberto ao encontro com Ele, descobrindo a Sua bondade e o cuidado que tem por mim, estando recetivo à Sua palavra?

Em ambas as parábolas, Jesus utiliza a imagem da semente, num caso um grão de trigo, no outro um grão de mostarda. Ambos podem ser processados e consumidos de imediato, mas também podem ser enterrados para que venham a dar mais fruto.

* Estou pronto a prescindir de outras coisas que me dão prazer e satisfação mais imediata para investir tempo na relação com Ele, na escuta da Sua palavra e na atenção aos outros? 

A primeira parábola revela-nos que o Reino de Deus é um dom. A ação é, sobretudo, de Deus. É Ele o protagonista, que toma a iniciativa e que a leva a termo. Ao mesmo tempo, sabemos que Deus nos convida a colaborar com Ele.

* Vivo numa atitude agradecida, com confiança e abandono n’Ele, ou vivo centrado em mim próprio, no que faço ou no que não consigo fazer, pensando, na prática, que tudo depende de mim? Sou consciente de que a obra é Sua e sou persistente ou deixo-me derrotar pelo desânimo e cansaço, esquecendo que é Ele o protagonista da história?

O minúsculo grão de mostarda cresce e torna-se numa planta que até pode abrigar as aves do céu.

* Anseio por grandes manifestações extraordinárias de Deus ou sou capaz de reconhecer os pequenos ‘milagres’ que Deus vai realizando nas coisas simples do dia a dia? Sou paciente comigo e com os outros, sabendo esperar e confiar?

A Eucaristia é a expressão mais clara do modo simples e silencioso de atuar de Deus.

* Deixo-me maravilhar pela simplicidade da Eucaristia, através da qual o próprio Senhor vem a mim e me alimenta? Reconheço o ‘Deus escondido’, presente na Eucaristia? Tento viver com essa mesma simplicidade para ajudar a que os outros reconheçam o Senhor?

Oração

Senhor, abri sempre o meu coração à Vossa palavra.
Que ela seja como a semente que em mim germina.
Ajudai-me a confiar em Vós,
A deixar que sejais Vós a levar a cabo a Vossa obra.
Fazei de mim um humilde colaborador,
Que se deixa moldar por Vós,
E que confia que o Vosso reino se irá realizando,
Nas coisas pequenas e simples.
Com o olhar fixo na eucaristia, quero aprender
a ser simples como o pão
Que se deixa transformar no Vosso Corpo.
Para que, assim, a minha vida seja sinal da Vossa presença. Ámen.

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