D. António Marto

No domingo dia 26 de julho, Leiria-Fátima acolheu mais um membro para o seu presbitério. O Jorge Fernandes, do Crato, foi ungido no ministério do diaconado. A caminho, está também o Micael Ferreira, de Monte Redondo.
Foi referido que a procura de ajuda tem aumentado, não apenas para bens alimentares, mas também para medicamentos e tratamentos de saúde, especialmente por parte de famílias de imigrantes com empregos precários.
E indicou também os três objetivos gerais que hão-de mobilizar pastores e fiéis ao longo desse período.
Perante estes seus padres, depois de evidenciar o significado desta grande provação, para a qual ninguém estava preparado, o cardeal D. António Marto apelou a que sejam anunciadores de esperança.
Eram nove dezenas de ministros que, dado o afastamento recomendado pelas autoridades, acabaram por encher a Catedral de Leiria, fazendo-lhes companhia alguns leigos que também quiseram participar.
Saúdo-vos com alegria nesta ocasião de retoma das celebrações comunitárias da Santa Missa. De facto, é um momento muito esperado da alegria do reencontro dos fiéis como povo de Deus unido e reunido à volta da mesa do Senhor a celebrar a Eucaristia.
Sem prejuízo das orientações pastorais e administrativas comuns que o bispo diocesano venha a definir, salientou-se a necessidade de que os párocos trabalhem com os seus conselhos económicos e pastorais, procurando discernir juntos.
D. António Marto também quer ver envolvidas nesta oração todas as crianças de Leiria-Fátima, pedindo aos adultos que, para isso, as ensinem "de modo pedagógico, prático, gradual e progressivo, de acordo com a sua idade".
«Toda a Igreja e as comunidades são chamadas a acompanhar, com o seu serviço, os que ficarem feridos com esta batalha, (somos) uma Igreja que vive porque socorre a todos»
Cardeal de Leiria–Fátima convidou a acolher as surpresas de Deus com o coração e encontrar nos mais frágeis o caminho da esperança
Na homilia da Vigília Pascal, o cardeal D. António Marto referiu que, como após a experiência do ressuscitado, é possível “recomeçar com um mundo renovado, não para tornar ao que era antes, mas para fazer renascer um mundo diverso, o mundo outro”.
O prelado diz ao seus presbíteros para serem permanentemente "ministros da consolação do Senhor junto de quem sofre por qualquer motivo", mesmo a partir de casa.
“Não se peregrina só a pé e com os pés ou com a deslocação física. Também se peregrina com a mente e o coração, quer dizer, fazendo uma peregrinação interior na busca de luz e de verdade, de regeneração e de cura, de conforto espiritual e de paz, no encontro do peregrino consigo mesmo, com a Mãe celeste e com o mistério de Deus, para continuar a caminhar com a força da esperança!” esclarece.
“Devemos ter presente que a história da paixão de Jesus é também a história da humanidade e de como Deus está presente nesta história”, considera D. António Marto, referindo-se a “toda a dor e sofrimento da humanidade neste tempo”.
A pandemia que cobre o mundo como nuvem escura ameaçadora obriga-nos a permanecer em casa e dá-nos oportunidade para redescobrirmos o que é essencial à nossa vida e convivência.
Depois da introdução, D. António Marto discorre as suas ideias em três capítulos, sendo o primeiro dedicado à apresentação do programa das celebrações com propostas para serem vividas nas famílias por forma a "reviver esta experiência de encontro com o Senhor nas nossas casas".
A programação integra na quinta-feira santa, às 18h00, a missa da Ceia do Senhor. Na sexta-feira santa, às 15h00, será feita a celebração da Paixão do Senhor. No sábado santo, a vigília pascal começa às 22h00.
Hoje e a esta hora deveríamos encontrar-nos reunidos em Fátima na nossa peregrinação diocesana. Em virtude da emergência sanitária não nos é possível. Todavia, mesmo estando em nossas casas, vivemos este momento em espírito de peregrinação e unidos espiritualmente como Igreja diocesana.
Neste dia solene, em que a Igreja celebra a Anunciação a Maria de que ela seria a Mãe de Jesus, os bispos portugueses e espanhóis pediram a Sua intercessão pelas “vítimas diretas e indiretas” da pandemia que nos atinge.
Transcrição da entrevista a D. António Marto, realizada pela jornalista Ângela Roque para a Rádio Renascença. Disponível em https://bit.ly/2UEPd0u.
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