D. António Marto reuniu-se com os vigários

Sem prejuízo das orientações pastorais e administrativas comuns que o bispo diocesano venha a definir, salientou-se a necessidade de que os párocos trabalhem com os seus conselhos económicos e pastorais, procurando discernir juntos.

Personalização da fé e sua vivência em família são desafios para o pós-pandemia

No cumprimento das recomendações de saúde pública na atual pandemia, no bispo diocesano reuniu-se, nesta terça-feira, 19 de maio, com os vigários da Diocese, no Centro Pastoral Diocesano, em Leiria, para refletir sobre os desafios pastorais e administrativos decorrentes dos tempos de cancelamento de atividades pastorais que atravessamos. Os coordenadores das vigararias referiram as dificuldades experimentadas e as iniciativas que, nas paróquias, os respetivos pastores tomaram para se fazerem próximos das pessoas: mensagens, transmissão de celebrações e várias formas de oração, apoios on line para os catequistas e catequeses, distribuição de bens alimentares a famílias carenciadas, etc. Os desafios apontados centram-se no maior investimento pastoral na personalização da fé, nos apoios às famílias para que sejam lugares de vivência e comunicação da fé cristã e no empenho para que as comunidades seja espaços de acolhimento, entreajuda, fraternidade e celebração comunitária dos sacramentos.

Sintetizando os contributos das vigararias sobre as lições deste tempo e os desafios para a ação pastoral, o cardeal D. António Marto salientou: a família como suporte humano e espiritual das pessoas, lugar de vivência da fé, oração e leitura orante da palavra de Deus; a valorização dos meios de comunicação digital para aproximar as pessoas com economia de tempo e deslocações; contra “a bulimia dos ritos e a anorexia da Palavra de Deus”, a valorização desta, sendo preciso continuar a suscitar o apetite pela escuta de Deus; no campo social, ajuda às famílias e distribuição de bens essenciais; valorização dos leigos e suas iniciativas apostólicas. Concluiu advertindo que o retomar das celebrações comunitárias vai encontrar resistências e medo, mas há que ajudar a descobrir e a experimentar que a fé é, inseparavelmente, pessoal e comunitária.

Sem prejuízo das orientações pastorais e administrativas comuns que o bispo diocesano venha a definir, salientou-se a necessidade de que os párocos trabalhem com os seus conselhos económicos e pastorais, procurando discernir juntos a atual situação e desafios de modo a identificar caminhos e iniciativas a empreender para a nova fase em que vamos entrar com o desconfinamento e a retoma de atividades pastorais comunitárias.

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