Numa mensagem para os padres, D. António Marto pede para serem portadores de esperança e ajudarem os pobres com donativo

O prelado diz ao seus presbíteros para serem permanentemente "ministros da consolação do Senhor junto de quem sofre por qualquer motivo", mesmo a partir de casa.

Com a inédita impossibilidade de reunir todo o presbitério da diocese de Leiria-Fátima na tradicional Missa Crismal que se celebra na manhã de Quinta-Feira Santa, o bispo D. António Marto quis enviar “uma breve mensagem de comunhão, alento e proximidade”.

“Por graves razões de saúde pública, não podemos reunir-nos na catedral como presbitério, para escutarmos a Palavra de Deus, renovarmos os compromissos sacerdotais e a fraternidade sacramental que nos une, e celebrarmos os mistérios do imenso amor de Deus que se quer dar também hoje à humanidade como remédio espiritual de cura e salvação”, contextualizou o cardeal, com a promessa de se encontrarem para esse efeito no dia 19 de junho, na solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

Na missiva, o bispo diocesano destaca três assuntos: espírito Santo, compaixão e consolação.

D. António Marto, parte da premissa de que “o Espírito Santo ungiu também cada um de nós, consagrando-nos como ministros de Cristo para o serviço do povo de Deus e da humanidade” para explicar a necessidade de pedir “uma nova força do Espírito que revitalize o dom do nosso sacerdócio e nos prepare para que, depois deste inverno, possamos ser ins-trumentos e testemunhas de uma nova primavera na Igreja com o germinar de abundantes frutos do Evangelho nas nossas comunidades”. Neste contexto, o bispo pede ousadia e criatividade, “especialmente na aproximação e acompanhamento dos jovens, neste biénio pastoral a eles dedicado”.

A seguir, a propósito da compaixão, lembra que “não podemos ficar indiferentes ao que se está a passar na humanidade, ao sofrimento, aos danos pessoais, sociais e materiais que esta crise está a provocar”. Chama a atenção dos padres para a oração e solidariedade “por obras e palavras, com as vítimas da pandemia e com quantos põem em risco a própria vida para cuidar e curar os doentes ou para salvaguardar a saúde pública e o abastecimento dos bens essenciais à vida de todos”. Aproveita para dar uma sugestão concreta de solidariedade, oferecendo o equivalente a um dia de trabalho para a Cáritas Diocesana, prevendo que, nos próximos tempos, haverá muitas pessoas a pedir ajuda àquela instituição de solidariedade. “Esta quinta-feira santa, dia do mandamento novo, é ocasião para manifestarmos o nosso amor de modo concreto aos mais carenciados”, justifica.

Na continuação, o prelado diz ao seus presbíteros para serem permanentemente “ministros da consolação do Senhor junto de quem sofre por qualquer motivo”, mesmo a partir de casa, comunicando com idosos ou doentes, e tomando providências nos centros sociais para salvaguardar a saúde e o bem-estar dos residentes. Também sugere que os padres telefonem àqueles colegas que estão mais sós ou doentes.

A terminar, o cardeal pede para que os sacerdotes vivam o tempo pascal “intimamente unidos ao Senhor e muito próximos uns dos outros e do nosso povo”. “Sejamos portadores de alento, de esperança e de paz para as nossas comunidades e para a sociedade”, conclui.


Mensagem integral: https://bit.ly/2xk7dpd

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