Homilia

Ao entrar nesta veneranda e secular catedral, Igreja-Mãe da Diocese de Leiria-Fátima, dou graças a Deus que, através do Papa Francisco, aqui me envia em missão, como Bispo. Quero responder a este chamamento reafirmando o meu propósito de, com todos vós, procurar o bem desta Igreja, escutando o Espírito do Senhor Jesus, nosso Bom Pastor.
É de Jesus que, primeiramente, vos desejo falar neste dia. Com o autor da carta aos hebreus permito-me pedir-vos “fixai o vosso olhar em Jesus, autor e consumador da nossa fé… Ele sofreu a cruz, desprezando a ignomínia, e sentou-se à direita do trono de Deus”.
Os pastorinhos são testemunho vivo deste “caminho espiritual” no qual foram introduzidos pela ternura da Senhora mais brilhante que o sol. Aquela luz que irradiava das mãos de Nossa Senhora, em que eles se sentiram imersos, fê-los “compreender quem era Deus, como Ele os amava e queria ser amado”.
O último dia do ano tem um simbolismo próprio e uma densidade particular. De certo modo é como que a síntese de todas as horas do ano prestes a terminar. Nele recolhemos como num cesto todas as horas, dias, semanas e meses que vivemos, para oferecer tudo ao Senhor. 
Hoje é a data do primeiro aniversário da publicação da encíclica Fratelli tutti, sobre a fraternidade e o amor social, que deve a sua inspiração a “este Santo do amor fraterno, da simplicidade e da alegria”.
Para a tomada de posse dos membros da Junta Regional e do Conselho Fiscal e Jurisdicional foram convidadas as entidades estritamente necessárias e o local escolhido foi o adequado para reduzir ao máximo a possibilidade de contágio.
Eram nove dezenas de ministros que, dado o afastamento recomendado pelas autoridades, acabaram por encher a Catedral de Leiria, fazendo-lhes companhia alguns leigos que também quiseram participar.