Não é fácil resumir a vida eclesial deste ano de 2017 na Diocese de Leiria-Fátima, tantas foram as emoções vividas. Mas elas centram-se, sobretudo, no contexto da celebração do Centenário das Aparições de Fátima.
Além do vasto programa celebrativo e cultural promovido pelo Santuário, em especial nos meses de maio a outubro, foram diversas as iniciativas organizadas pelas paróquias, comunidades, movimentos e outros grupos desta Igreja particular. A Mensagem de Nossa Senhora aos Pastorinhos foi anunciada, debatida e rezada com especial intensidade, tendo como uma das principais fontes a carta pastoral de D. António Marto para o biénio de 2015-2017, com o título “Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia”.
Neste âmbito, o ponto mais alto do ano pastoral foi, sem dúvida, a peregrinação aniversária de maio de 2017, que contou com a participação do Papa Francisco. Este “peregrino” especial, entre uma multidão de cerca de um milhão de pessoas que esteve em Fátima naquela ocasião, veio lembrar o principal da Mensagem mariana, com a palavra paz em grande destaque. Veio, também, dar a Fátima uma visibilidade ainda maior a nível mundial, tornando este um acontecimento central também no ano pastoral de milhões de fiéis espalhados pelos cinco continentes.
Como se isso não bastasse, o Papa Francisco veio a Fátima canonizar os dois videntes Francisco e Jacinta Marto, uma alegria partilhada por esses milhões de devotos de Nossa Senhora de Fátima, mas especialmente sentido nesta Diocese de onde os dois Pastorinhos são naturais.
Nas páginas do PRESENTE e neste portal passaram, no entanto, muitas outras notícias reveladoras da vitalidade das comunidades que constituem esta Diocese, bem como dos seus diversos serviços e movimentos. Alguns destaques: no início do ano, o Bispo anunciava a definitiva instituição do Diaconado Permanente e da equipa encarregue de promover a sua concretização; o retiro popular na Quaresma voltou a mobilizar vários milhares de diocesanos à reflexão e oração; a Cáritas Diocesana instituiu um novo Serviço de Apoio à Maternidade em Dificuldade e deu resposta concreta e centenas de pedidos de ajuda, também fora na Diocese, como foi o caso das vítimas dos incêndios.
Ao longo do ano, visitámos o Dia de BP celebrado pelo escutismo em Caxarias, o retiro de doentes em Fátima, a exposição mariana “Um manto de todas as cores” no Museu de Leiria, o Jubileu das Vocações, o nascimento da Angelus TV e as famílias de refugiados aqui acolhidas. Divulgámos documentos pastorais importantes, como as muitas mensagens do Papa e do nosso Bispo, ou as cartas da conferência episcopal sobre Fátima e sobre a Catequese. Pelo meio, falámos de ideias e projetos motivados pela fé em âmbitos tão diversos como trabalho, economia, gestão, ética, ambiente, migrações, deficiência, perseguição religiosa, pobreza, mas também cultura e arte, juventude, mundo estudantil, música litúrgica, vocações, missões, ou a especificidade da organização paroquial.
Por fim, ao fechar um centenário, em outubro, abrimos outro que irá marcar todo este ano pastoral de 2017-2018, tendo como documento o orientador a carta pastoral de D. António Marto, “A alegria de ser Igreja em missão”. É caso para dizer que “fechámos com chave de ouro”, mas também que “2018 promete”.
Luís Miguel Ferraz