Hoje, mais uma vez, ouço e vejo famílias de pessoas com doença mental que clamam por ajuda.
Hoje, mais uma vez, a associação FamiliarMente deu-lhes voz.
Hoje, mais uma vez, foram convidados políticos e coordenadores nacionais, que falaram de estruturas na comunidade na área da saúde mental.
Hoje, mais uma vez, pensei: é desta que me atiro de cabeça no projeto que já sonho há mais de 6 anos.
É hoje que, finalmente, redijo o meu pedido:
Posso contar convosco para ter uma sala nas vossas instalações, destinada a pessoas que tenham doença mental?
Não penso em projeto megalómanos, penso em coisas operacionais dentro de 2 meses. Não penso para já candidatar-me a fundos europeus, senão bem que posso esperar mais 6 anos…
Para uma resposta mais imediata penso num fórum sócio-ocupacional. Gostava que as pessoas com doença mental não se isolassem e que soubessem que para elas há um espaço onde podem ir duas vezes por semana, que lhes é dedicado por excelência e onde são tratadas como pessoas, valorizando as suas potencialidades.
Quero finalmente dar um passo – e que seja firme – num projeto em que acredito: a reabilitação psicossocial da pessoa com doença mental.
Sei que é pouco o que (para já) pretendo oferecer, mas é um passo firme de um caminho que já começou.