Cerca de 50 escuteiros das regiões de Leiria-Fátima, Porto e Lisboa do Corpo Nacional de Escutas estiveram, no passado fim de semana, na Quinta do Escuteiro, na Batalha, em trabalhos de melhoramento e requalificação do terreno e infraestruturas deste campo escutista.
A ocasião foi aproveitada para um encontro intercultural com uma família de refugiados do Iraque, a residir há cerca de dois anos na paróquia da Caranguejeira. Além de ouvirem a sua história, o relato dos conflitos que viveram na sua terra natal e a aventura a que se sujeitaram até chegar ao nosso país, os escuteiros prepararam uma refeição para esta família e foram presenteados com um prato típico do Iraque. “Foi um momento simples, de carinho e gratidão por esta aproximação que fez todos crescer um pouco”, conta a chefe Daniela Casimiro, considerando que “olhar olhos nos olhos estas pessoas fez-nos perceber – a nós e a eles – que, independentemente da cultura, religião ou país, somos todos seres humanos, todos precisamos de saber coabitar no nosso planeta, todos precisamos de humanidade”.
Outra participante, Inês Henriques, testemunha a sua admiração pela “coragem e determinação necessárias para deixar o seu país e vida para trás, para conseguir dar aos seus filhos uma vida estável e feliz”. E adianta que “ouvir este testemunho tornou este problema ainda mais real do que ao ver reportagens, fotos ou artigos”, pelo que “é impossível ficar indiferente” e “cresceu em nós a vontade de agir para combater este problema e o sentimento de que é nosso dever fazê-lo”.
A Quinta do Escuteiro e a Junta Regional de Leiria-Fátima querem continuar a trabalhar esta temática junto dos jovens e estão disponíveis para outras ações como esta, que contou com a colaboração da Cáritas da Caranguejeira.