Perfil de Fernando Paquim

Fernando Paquim tem 37 anos e mora na Valada, paróquia de Seiça. Casado, pai de dois filhos, coordena a agenda profissional como técnico de gestão e planeamento em turismo no Município de Ourém, com uma participação disponível na dinâmica paroquial.

Atualmente é catequista do 7.º ano e colabora na pastoral juvenil. A confiança que nele depositaram desde cedo aguçou o seu sentido de responsabilidade, e a vitalidade com que se dedica aos projetos revela a vontade que tem de viver.
A vida, compara-a a um “videojogo coletivo”, em que temos de ultrapassar obstáculos e em que Deus nos ajuda a passar de nível.

 

Fernando recebeu-nos na sua casa, na Valada de Seiça, para onde veio morar em 2008. Nasceu não muito longe dali, na paróquia vizinha da Urqueira.
Fala da ligação àquela comunidade como uma teia de relações que se encadeiam, num contacto que começou, ainda jovem, através do atual pároco, o padre José Luís Ferreira, que o convidou a participar em encontros de jovens na vigararia. Esta participação levá-lo-ia a integrar a equipa que se estava a formar para dinamizar a pastoral juvenil vicarial, onde esteve até 2005. Foi neste contexto que conheceu a Sandra, com quem casou em 2003. Viria morar para a paróquia da esposa, cinco anos após o Matrimónio, que se fez fecundo nos dois filhos do casal.
A casa de Fernando fica numa encosta que vislumbra a povoação. Descreve-nos a paisagem com a intimidade de quem estima o que vê. Fala daquela aldeia e da aldeia da Amieira, onde nasceu, com estima. Considera que o facto de ter crescido neste ambiente o marcou enquanto pessoa, sobretudo na simplicidade com que tenta viver a sua vida. Sente, por isso, orgulho nas gentes da terra e sente-se privilegiado por poder viver e trabalhar em Ourém.

Confiança e Providência Divina

Fernando tem dois irmãos, um deles, seu gémeo. A ligação com a família de origem e a nova que fundou é profunda. “Primeiro temos de estar disponíveis para a nossa família, só depois podemos ser para os outros.” Fala com a propriedade de quem percebeu, há anos atrás, “pela maturidade da vida”, que tinha de “abrandar” e a estabelecer prioridades. “Passei por uma fase em que tive de filtrar. Nos últimos cinco anos eu tenho reduzido a minha atividade para poder ter tempo para a família e para a casa.”
Ao contar a sua estória de vida, Fernando fala de uma característica que considera ter sido transversal ao seu percurso: “o sentido de responsabilidade”. Di-lo com humilde, grato pela confiança que a família e os amigos depositaram em si e que o tornou a pessoa proativa que hoje é.
Pela forma como nos recebeu, revela-se uma pessoa de trato fácil, que cria uma proximidade instantânea com o interlocutor. Perguntamos sobre a forma como encara esta confiança que lhe depositam. “Na minha vida, faço um esforço por ser justo, tratar todos por igual e estar disponível. Depois, acho que é a Divina Providência que nos encaminha a cumprir os nossos dons”, refere, de forma perentória.

Uma agenda preenchida

Da família, veio também a sua disponibilidade para uma entrega à comunidade. Aos 14 anos, Fernando já ajudava na catequese e integrava o grupo de acólitos, na paróquia da Urqueira. A par desta entrega, frequentava a Escola Profissional de Ourém no curso profissional de técnico de serviços comerciais. No final dos três anos do currículo, fez o estágio numa agência de viagens, onde ficou a trabalhar aos fins de semana. Avançou depois para o ensino superior, com a entrada no curso de engenharia mecânica, em Leiria, tendo ingressado na nova Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria que então era inaugurada. Durante o tempo que ali esteve, serviu de ponte entre a pastoral juvenil vicarial e diocesana.
Apesar dos bons resultados, um ano e meio depois, Fernando percebia que aquela área não o realizava. Conversou com os pais e resolveu mudar de curso. A experiência na agência de viagens fê-lo enveredar pela área do turismo, tendo prosseguido os estudos superiores em Aveiro.
Esta mudança obrigou-o a reduzir a sua presença nas dinâmicas pastorais e a interromper a participação na catequese paroquial. No entanto, durante este hiato, participou em atividades de formação e oração no Centro de Fé e Cultura de Aveiro.
Fernando é uma pessoa dinâmica. Durante a juventude, para além da participação na vida paroquial e vicarial, esteve ligado a inúmeros projetos e ao associativismo. “Desde muito cedo, a minha vida era uma agenda onde tinha que conciliar tudo o que era chamado a fazer.”

A cruz que dá sentido à vida

Terminado o curso, em 2002, concorreu para o Município de Ourém, onde trabalha até hoje como técnico de gestão e planeamento em turismo. Desde 2012, integra um gabinete, criado entre o Município e a ACISO – Associação Empresarial Ourém-Fátima, para a dinamização e promoção internacional do turismo, sobretudo o religioso. “É um privilégio poder trabalhar nesta área e conciliar o meu trabalho com a minha religião em que fundamento a minha fé.”
Atualmente, Fernando é catequista do 7.º ano e, ao nível da pastoral juvenil, ajuda a dinamizar encontros para os jovens da paróquia. “Sábado passado, por exemplo, pela segunda vez, realizámos um encontro de jovens, durante uma tarde, onde houve espaço para a oração, a reflexão e o convívio.” Fernando fala de uma dinâmica que não se fundamenta na existência de um grupo de jovens formal, com reuniões periódicas, mas de uma pastoral juvenil que vai propondo atividades pontuais, ajustadas à realidade dos jovens.
Hoje, com 37 anos, reconhece-se uma pessoa mais madura, mas que nunca abdicou do ânimo de empreender e de participar naquilo para que é chamado. “Se eu olhar para trás, percebo que fui apanhado e a partir daí, Deus não me largou.” Fala de uma entrega que não é fácil, mas que é vivida em alegria, porque perspetivada como uma “cruz que dá sentido à vida”. “Temos que enfrentar os nossos problemas e agarrar os trabalhos que nos são propostos”, remata, firme.

O milagre da dádiva

Ao recordar o seu percurso de vida, Fernando usa a metáfora de um “videojogo coletivo”, em que a personagem se movimenta com outras num tabuleiro, “ultrapassando obstáculos e juntando os contributos que nos vão dando mais força”. Agora, está num nível de consolidação: quer na vida familiar, quer na profissional. Na disponibilidade e no ânimo com que dirige o seu rumo, percebemos que leva o comando nas suas mãos, mas é “Deus que ajuda a passar de nível”. A fundamentar esta fé, está uma vida cheia de “sinais concretos” que o fazem concluir a nossa conversa na assertividade de uma frase. “Eu sei que tudo o que dou, Deus dá-me a quadruplicar.”

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