Na passada quarta-feira, 15 de abril, a comunidade judaica em todo o mundo celebrou o “dia em memória dos mártires e heróis do holocausto”. Na sinagoga de Lisboa, na respetiva cerimónia, foi também homenageado o padre Joaquim Carreira, natural da Caranguejeira, que salvou judeus, em 1943 e 1944, acolhendo-os no Pontifício Colégio Português, em Roma, de que era reitor.
Por esse obra meritória, o Memorial do Holocausto em Jerusalém, o Yad Vashem, em dezembro de 2014, distinguiu-o com o título “Justo entre as nações”. A Medalha e o certificado foram agora entregues à família pela embaixadora de Israel em Portugal.
Medalha e certificado entregues à família
A cerimónia evocou as vítimas do holocausto e a experiência dos sobreviventes mediante relatos lidos por jovens e vídeos. Houve ainda um momento de oração, apresentação da ação do padre Joaquim Carreira e intervenções da embaixadora israelita, do representante do Secretário de estado da Cultura e do padre João Mónico, sobrinho do homenageado.
Além da comunidade israelita de Lisboa, estiveram presentes o núncio apostólico em Lisboa, representantes do governo, deputados, o presidente da Câmara Municipal de Leiria, o presidente da Junta de Freguesia da Caranguejeira, familiares e amigos do homenageado e jornalistas.
O título “Justo entre as nações” é atribuído pelo Yad Vashem às pessoas que salvaram judeus durante o Holocausto na Segunda Guerra Mundial. O padre Joaquim Carreira nasceu na Caranguejeira em 1908 e faleceu em Roma em 1981. Os seus restos mortais foram transladados para o cemitério da sua terra-natal, Soutos (Caranguejeira) em 2001.