Um grupo de 7 pioneiros, dos 14 aos 17 anos de idade, e 3 dirigentes do Agrupamento 1054 Monte Redondo do Corpo Nacional de Escutas (CNE), viveram uma aventura inesquecível durante a sua peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, em França, entre os dias 1 e 8 de setembro.
Há cerca de um ano que a iniciativa tem vindo a ser preparada por este grupo, seguindo o método “ask the boys” (perguntem aos rapazes) defendido por Baden Powell, fundador do movimento escutista, e que atribui a cada membro uma responsabilidade direta nas suas decisões e aprendizagens.
Com tudo a postos, o momento da partida chegou a 1 de setembro, com a carrinha a rumar aos Pirenéus, onde os esperaria um percurso final de 20 quilómetros a pé. “Esta caminhada permitiu-nos vencer muitas barreiras, enfrentámos a altitude e a dificuldade do caminho, o que nos deu também espaço para apreciar a beleza da natureza e desenvolver várias áreas individuais e coletivas”, conta a jovem pioneira Madalena.
Como é normal numa iniciativa do CNE – Escutismo Católico Português e seguindo a orientação “o Escuta orgulha-se da sua fé e por ela orienta toda a sua vida”, a caminhada teve também uma dimensão espiritual. Assim, aproveitou-se a visita ao Santuário de Lourdes para conhecer a história deste lugar sagrado e participar nas celebrações que ali decorrem, bem como para prestar serviços de apoio aos peregrinos.
Diogo Soares e Beatriz Matias, de 14 e 15 anos respetivamente, acharam “impressionante ver a expressão das pessoas ao tocar na gruta onde ocorreram as aparições e onde corre a água considerada milagrosa”. Os jovens acharam o local um pouco “frio e escuro”, mas onde se sentia “o calor e a luz da devoção das pessoas”. Tocou-os, sobretudo, “a quantidade de doentes devotos que acorrem a este Santuário em busca de esperança”.
O grupo passou os últimos dias no País Basco, onde contactou com a comunidade local, apreciou as paisagens e conheceu a cultura local, em especial nas localidades de Urdabai bird center, Gernika e Bilbao.
“Foi, sem dúvida, uma atividade única e que dificilmente vai ser esquecida por estes jovens, quer a nível individual quer a nível coletivo, tendo em consideração o fortalecimento do espírito de grupo e a capacidade de superação de desafios e metas”, refere Madalena Cinca, na nota enviada ao Presente.
Paula Pereira Pio (C.)