Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus

A história desta congregação, nascida no Porto em 1931, está intrinsecamente ligada à da renovação catequética em Portugal. É essa a principal via de apostolado que brota do seu carisma de reparação da glória de Deus no mundo.

 

 

Carisma reparador ao serviço da catequese

D. António Barbosa Leão e D. António Augusto de Castro Meireles, dois bispos sucessivos da diocese do Porto lançaram as bases desta obra, escolhendo como fundadores e primeiros orientadores Maria das Dores Paes de Sande e Castro – que viria a ser a Madre Maria da Santíssima Trindade – e D. Moisés Alves de Pinho, então provincial da Congregação do Espírito Santo. Surgida a 25 de março de 1931, viria a obter aprovação pontifícia a 7 de outubro de 1987.

Desde a primeira hora, as Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus dedicam-se, com particular empenho, à evangelização na Igreja, especialmente ao serviço da catequese. O apostolado constitui para uma consequência e uma exigência do seu carisma reparador. De facto, a história do movimento catequético em muitas das dioceses portuguesas está intimamente ligada à ação organizada, persistente e generosa desta congregação, pela formação dada a milhares de catequistas, pela estruturação e enraizamento de alguns secretariados diocesanos, pela colaboração na elaboração de catecismos e outros materiais e pela ação direta das irmãs nas catequeses paroquiais onde se encontram.

 

Carisma e missão

O seu carisma é, sobretudo, o da reparação, isto é, a imitação de Cristo na sua entrega amorosa de vida para salvação de todos os homens. Em associação ao mistério de Jesus Cristo, as irmãs colaboram na sua obra de salvação, reparando com Ele a glória de Deus, mediante o sacrifício de si mesmas, na obediência à vontade do Pai, na oração e no anúncio do Evangelho. “Para nós, reparar é amar”, afirmava a madre fundadora, outra forma de dizer o lema que retiraram das palavras de S. Paulo: “Para mim, viver é Cristo”.

Nessa linha, para além da atividade catequética, a sua ação evangelizadora estende-se também a obras de promoção social, segundo as exigências da Igreja e as circunstâncias concretas de cada tempo e lugar. São disso exemplo as missões de Angola, Moçambique e Cabo Verde, para onde se expandiram a partir de 1948.

 

Na diocese

No dia 13 de junho de 1955, foi benzida a 1.ª pedra da casa das Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus em Fátima, que viria a ser inaugurada em 1959.

A comunidade de Nossa Senhora do Rosário de Fátima começou desde logo a dedicar-se à catequese paroquial, à formação de catequistas, a nível diocesano e nacional, à colaboração com os vários movimentos eclesiais, como os Cursos de Cristandade, Mundo Melhor e outros, e ao acolhimento de peregrinos nas grandes peregrinações.

O desenvolvimento desta ação fez com que surgisse, em 1964, uma nova casa, na avenida Beato Nuno, o Centro Catequético de Nossa Senhora de Fátima. Nele se faz catequese todos os dias úteis do ano e se realizam vários cursos de formação para catequistas, retiros e outras atividades, umas promovidas pelo próprio Centro, outras pelas várias dioceses. Destacam-se os cursos intensivos para catequistas, em regime de internato, que tiveram início no verão de 1963, organizados pelas dioceses de Lisboa e de Leiria.

Em 1978, o Centro Catequético começou a realizar o Curso Geral de Formação de Catequistas, de uma forma intensiva, em dois anos consecutivos. Com o reconhecimento de todos os secretariados diocesanos e atualizado de acordo com o Plano de Formação de Catequistas da Comissão Episcopal da Educação Cristã de 1997, nele têm participado muitos catequistas de todo o País. Este ano realizar-se-á de 16 a 23 de agosto.

As irmãs do Centro Catequético têm dado, também, o seu contributo na formação de catequistas no estrangeiro, em algumas Missões Católicas Portuguesas de emigrantes, a pedido das pessoas responsáveis dessas comunidades: na Alemanha, no Canadá, em França, na Suíça e em Macau.

 

Testemunho vocacional

De catequista paroquial à consagração
na “congregação da catequese”

2015-07-15 sopra3A irmã Maria de Lurdes Jesus Francisco, com 72 anos de idade e 47 de vida religiosa, é natural da paróquia de Santa Eufémia, diocese de Leiria-Fátima. Está na comunidade do Centro Catequético de Fátima há 15 anos e conta-nos a sua história vocacional:

 

Nasci numa família cristã, no lugar de Apariços. É com emoção e gratidão a Deus que recordo a oração familiar diária: o terço e não só. A oração proporcionava-nos sentimentos de paz, amor, união… era, sobretudo, após ela que tínhamos as nossas conversas em família e nos apetecia prolongar o nosso convívio familiar.

A vida paroquial proporcionou-me, também, momentos muito felizes, na vivência litúrgica, na catequese, na Ação Católica. Foi precisamente num encontro de adolescentes deste movimento que senti o primeiro sinal da minha vocação, sobretudo ao pronunciar a oração final “Coração de Jesus que tanto nos amais, fazei que eu Vos ame cada vez mais”. Não consigo descrever os sentimentos que despertou em mim…

Foi, depois, muito marcante a leitura de “A história duma alma”, de Santa Teresa do Menino Jesus. “Oh! Quem me dera ser como Santa Teresinha!”, pensava. Mas aquele Carmelo em França era tão distante!

Um dia, falando com o meu pároco, outra grande ajuda na minha caminhada vocacional, fiquei a saber que havia um Carmelo bem perto, em Fátima. Fiquei numa alegria louca! Fiz várias visitas e marquei com a prioresa a minha entrada.

Entretanto, vim fazer o meu Curso de Iniciação a este Centro Catequético e fiz outra grande descoberta: também existiam consagradas cuja principal atividade era, precisamente, a catequese, a minha grande paixão. Afinal, podia entregar-me inteiramente ao Senhor e continuar catequista nesta congregação das Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus. “Ah! Então, o meu lugar é aqui!”, decidi.

A 18 de outubro de 1965, entrei neste Centro Catequético para dar início à aventura maravilhosa da minha vida consagrada. Continuamente, dou graças ao Senhor por tudo quanto fez e continua a fazer por mim, inclusive a graça de trazer-me, de novo, ao “berço onde nasci”. Continuo, hoje, a fazer catequese na paróquia de Fátima, como há 50 anos em Santa Eufémia. Com menos forças físicas, sim, mas com a mesma alegria interior e entusiasmo da primeira hora!

Gostaria de terminar com um hino de louvor e gratidão ao nosso Deus e Senhor que nos chama e envia: “Ide e ensinai…” (Mt 28, 19). Com Maria, e salvo as devidas distâncias entre a Mãe Imaculada e esta filha pecadora, eu canto de alegria: A minha alma canta jubilosa e alegra-se em Deus meu Salvador; porque olhou para a sua humilde serva, grandes maravilhas faz em mim!

Irmã Maria de Lurdes Jesus Francisco

 

Números

No mundo

Casas: 27

Membros: 135

Em Portugal

Casas: 15

membros: 90

Na Diocese

Casas: 2

Membros: 16 irmãs professas e uma noviça

Mais nova: 27 anos

Mais velha: 88 anos

Média etária: 62 anos

24 horas para o Senhor
28 de Março
Jubileu das Grávidas
30 de Março
Peregrinação Diocesana a Fátima
5 de Abril
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