O Bispo da diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto, publicou no dia 12 de dezembro a sua mensagem de Natal intitulada “O Presépio, sinal da ternura, da fraternidade e da alegria do Natal“. Como tem sido habitual, o documento inspira-se carta apostólica que o Papa Francisco escreve na quadra natalícia e que, este ano, é dedicada ao significado e valor Presépio.
D. António Marto começa por chamar a atenção para a celebração do Natal, que não deve ser “reduzida a uma mera comemoração social, nem desfocada por uma visão comercial”, para centrar a quadra com “a presença do festejado”, pois “Trata-se de celebrar o grande encontro de Deus com a humanidade no rosto humano de Jesus”.
Depois do preâmbulo, o Bispo da Diocese faz uma breve síntese da carta apostólica “O Sinal Admirável” que, no seu entender, ajuda a “descobrir e a saborear a beleza e a riqueza da espiritualidade do Natal, através da meditação das várias cenas e figuras do Presépio”. Para o prelado, “o Presépio coloca-nos diante do grande mistério da nossa fé, o mistério da Encarnação em que Deus manifesta até que ponto vai o seu amor partilhando a nossa humanidade e a nossa vida”.
De todas as figuras do Presépio, há um particular destaque para dois tipos de figuras. A primeira são os pastores, pobres e mendigos, “pessoas que não conhecem outra abundância senão a do coração”. Citando o Papa Francisco, “no Presépio, os pobres e os simples lembram-nos que Deus se faz homem para aqueles que mais sentem a necessidade do seu amor e pedem a sua proximidade”. Nesta linha, o D. António questiona: “Que gesto concreto de solidariedade vou realizar neste Natal?”.
Também faz uma referência aos reis magos que “ensinam que se pode partir de muito longe para chegar a Cristo: são homens ricos, estrangeiros sábios, sedentos de infinito, que saem para uma viagem longa e perigosa e que os leva até Belém” e que, “à vista do Menino Rei, invade-os uma grande alegria”. É esta alegria que, no regresso ao seu país, os faz falar deste encontro com o Messias, “inaugurando a viagem do Evangelho entre os gentios”. à semelhança dos magos, o cristão “torna-se portador da Boa-Nova para as pessoas que encontra, testemunhando a alegria de ter conhecido Jesus e o seu amor”.
Como habitual, D. António Marto termina a sua mensagem com uma proposta prática: participar na iniciativa da Cáritas “10 milhões de estrelas – um gesto pela Paz”. Como é do conhecimento público, basta adquirir as velas que estão a ser vendidas por aquela organização. Das verbas recolhidas 65% destinam-se à Cáritas Diocesana no seu trabalho de apoio às pessoas necessitadas e os restantes 35% destinam-se à Cáritas de Moçambique para apoio às vítimas do ciclone Idai.