Congregação das Religiosas do Amor de Deus

A Congregação das Religiosas do Amor de Deus foi fundada pelo venerável padre Jerónimo Mariano Usera y Alarcon, em 1864, em Toro (Zamora). É uma congregação de vida apostólica, com aprovação pontifícia obtida em 1947.

  

 

Pela educação, ajudar a subir
os degraus da dignidade humana

Aos 13 anos de idade, o pequeno Jerónimo confessa ao pai: “Estou convencido de que Deus me chama a fazer o bem na terra”. Aos 24, em 1834, será ordenado sacerdote, optando pela vida monástica na Ordem de Cister, onde se dedica à oração, ao silêncio, ao trabalho e ao estudo. Vivia-se um período de grande agitação social e de forte perseguição à Igreja e, um ano depois, é obrigado a abandonar o convento, tal como os seus irmãos monges.

Permanece como pároco e recebe como missão a formação cívica e religiosa de dois jovens guineenses. É este trabalho que faz surgir nele a vocação à evangelização missionária, que irá concretizar na Guiné Equatorial, em Cuba e em Porto Rico, olhando com especial amor os mais excluídos da sociedade: os escravos, a mulher, as crianças abandonadas e a raça negra. Funda diversas obras para alfabetização das crianças e promoção da mulher, convicto de que serão elas a base da sociedade e “tais como forem os sentimentos da mãe, esses serão os sentimentos da família e da sociedade”.

Com esse intuito, percorre a Europa à procura dos melhores métodos de ensino, sobretudo junto dos institutos religiosos, mas nenhum parece convencê-lo. Aos 44 anos, com o apoio de Santa Micaela do Santíssimo Sacramento e do bispo de Zamora, decide preparar um grupo de religiosas para educar “em amor, por amor e para o amor”, a que chamará Irmãs do Amor de Deus.

Entretanto, nova missão obriga-o a ir para Cuba e a não poder acompanhar a congregação nascente. No entanto, o florescimento de vocações e os diversos movimentos sociais ajudam a que a obra cresça e se expanda, estando atualmente em 18 países da Europa, da América e de África. Chegou também a Portugal, em 1932, onde existem hoje 10 comunidades.

 

Carisma

2015-06-03 sopra3

Com o lema “A Caridade de Cristo nos impele”, o carisma da Congregação consiste em “encarnar e ser manifestação permanente do amor gratuito de Deus aos homens”. Este carisma, hoje abraçado por irmãs e leigos, visa a restauração cristã da sociedade, dedicando-se especialmente à educação integral de crianças e jovens, pois, segundo o fundador, “pela educação se ajuda a subir os degraus da dignidade humana”.

No jubileu do 150.º aniversário da sua fundação, em 2014, surgiu um novo ramo desta família carismática, o “Movimento Secular Amor de Deus”. É um sinal de que o Senhor continua a recriar os seus membros na fonte inesgotável do carisma, sendo resposta aos clamores do mundo de hoje, proclamando com alegria e esperança a boa notícia do seu amor, pois “só o amor de Deus faz sábios e santos”.

 

Na Diocese

A congregação chegou à diocese de Leiria-Fátima em 1989, a convite do Bispo, para colaborar no início das atividades da Casa Diocesana do Clero, onde esteve até 2003.

Entretanto, em 1998, traz a Sede Provincial Portuguesa para a Diocese, assumindo-se como centro de formação pedagógico-evangelizadora e espiritual para irmãs e leigos e, ainda, como espaço de acolhimento a outros grupos de reflexão, formação ou peregrinação.

Recentemente, a Província construiu uma Residência Sénior para atendimento aos membros da Congregação e outras pessoas que o desejem, com a missão de prestar a todos os residentes um atendimento cálido, personalizado e integral nesta etapa da sua vida.

Nestes dois espaços, as irmãs distribuem-se pelas várias tarefas, vivendo em comum os momentos de oração, trabalho e formação. Além disso, a comunidade colabora ainda em diversas atividades do Santuário de Fátima e da paróquia.

 

Testemunho vocacional

«Percebi que não valia a pena
continuar a “lutar com Deus”»

2015-06-03 sopra4A irmã Goreti Domingues é Coordenadora Provincial de Missão há um ano. Nascida há 47 anos em Monte Redondo, diocese de Leiria, fez a sua consagração religiosa há 26 e conta-nos como tudo começou.

 

Falar da minha vocação é tomar consciência de que a iniciativa foi de Deus e tem sido Ele o protagonista principal nesta história de amor, à qual Ele é sempre fiel.

Nasci numa família numerosa, terceira de nove irmãos, num ambiente familiar onde se respiravam valores humanos e cristãos que davam unidade e sentido a tudo o que se fazia e vivia. Neste contexto, fui experimentando o que significa a partilha, o perdão, a solidariedade e amizade. Este ambiente simples e orante foi um dos meios de que Deus se serviu para me fazer perceber que não podia ficar indiferente às necessidades dos outros.

Aos 7 anos de idade, ao ouvir uma irmã missionária partilhar a sua experiência em África, despertou em mim o desejo profundo de poder fazer algo concreto para que o mundo fosse mais humano e justo. Porque não ser missionária?

Esta inquietação foi crescendo e, aos 15 anos, fui convidada a fazer um encontro vocacional com as Irmãs do Amor de Deus. Se já me sentia interpelada pelo nome da Congregação, muito mais me fascinou o seu estilo de vida simples, alegre e acolhedor, que desde o primeiro momento me fez sentir em casa. Saber que tinha missões em vários países era como que a resposta à inquietação inicial. Poder ser presença do amor de Deus ali, onde fosse necessário.

Tudo parecia muito claro, mas ao voltar para casa não faltaram as dúvidas, os medos e incertezas. Se, por um lado, sentia este desejo de ser toda de Deus para me entregar aos irmãos, por outro, a tentação de ser igual a toda a gente, de construir a minha família…

Aos 17 anos, percebi que não valia a pena continuar a “lutar com Deus”, porque Ele me tinha seduzido e só precisava de acolher a sua vontade para ser feliz. Entrei na Congregação, vindo a fazer a Profissão Religiosa aos 20 anos de idade.

Ao longo destes 26 anos de vida religiosa, passei por diferentes obras de missão. Realço os 13 anos em lares de infância e juventude, em que o acompanhamento a crianças e jovens em situação de risco me desafiou a ser para elas uma verdadeira mãe, procurando educar em amor, por amor e para o amor.

Outra experiência muito intensa e enriquecedora foi a de estar 8 anos no Brasil, sendo cofundadora numa comunidade do interior, no Estado do Maranhão. Como é belo perceber a presença de Deus em diferentes culturas e realidades!

Desde há um ano que me encontro em Fátima e tenho claro que o segredo da felicidade é procurar viver cada momento como um presente de Deus, sendo, assim, manifestação do seu amor.

Irmã Maria Goreti Pedrosa Domingues

 

Números

No mundo

Casas: 105

Membros: 764

Em Portugal

Casas: 10

Membros: 97

Na Diocese

Casas: 2

Membros: 33

Mais nova: 46 anos

Mais velha: 96 anos

Média etária: 75 anos

Formação para catequistas sobre ambientes seguros
25 de Janeiro
, às 09:30
Domingo da Palavra de Deus
26 de Janeiro
Retiro 24, para jovens
1 de Fevereiro
Formação sobre administração de bens da Igreja
8 de Fevereiro
, às 10:00
ENDIAD – Encontro Diocesano de Adolescentes
8 de Março
, às 09:30
Formação sobre administração de bens da Igreja
22 de Fevereiro
, às 14:30
Partilhar

Leia esta e outras notícias na...

Receba as notícias no seu email
em tempo real

Pode escolher quais as notícias que quer receber: destaques, da sua paróquia

plugins premium WordPress