No dia 10 de fevereiro, esteve na diocese de Leiria-Fátima o bispo do Sumbe, D. Luzizila Kiala, num encontro de enorme significado para o grupo Ondjoyetu, que há década e meia trabalha na missão do Gungo, naquela diocese angolana.
Ficou hospedado na paróquia da Urqueira, onde é pároco há cinco anos o padre Segunda Miguel, também do Sumbe. Depois de uma visita ao bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, para uma conversa sobre as suas dioceses geminadas, D. Luzizila participou num encontro nesta paróquia com o grupo Ondjoyetu, para “conhecer os rostos, mas também agradecer e reconhecer tudo o que foi feito nas terras do Sumbe”. Destacou os nomes da irmã Nancy e de Ana Pereira, que está agora em Angola e até já adotou uma criança local como sua filha.
O bispo do Sumbe referiu que são necessários mais leigos na sua diocese, pois “as pessoas em África não têm apenas fome de arroz, mas também da Palavra de Deus”. Por lá existem internatos, seminários, casas de formação cristã e, atualmente, está a ser dinamizado um programa de auto-sustentabilidade. Para isso, também são necessários leigos com experiência de gestão, para as necessárias reabilitações das fazendas que produzem cada vez mais milho, tomate e feijão. Existem imensos terrenos e as parcerias são uma necessidade para dinamizar a agricultura de sustentabilidade, nomeadamente, pela constituição de cooperativas.
Apresentou também a realidade eclesial de Angola, “em grandes mudanças”, como a da diocese do Lobito prestes a ser criada. Mas também a atuação do clero africano “vive novos rumos”, procurando “evangelizar ainda mais próximo das pessoas”, como pede o Papa Francisco e dizia S. Paulo: “ai de mim se não evangelizar”. E deixou uma observação pertinente para o Velho Continente: “é preciso reanimar a fé na Europa”.
D. Luzizila Kiala, cujo nome significa no dialeto angolano “chefe paciente”, despediu-se e agradeceu tudo o que foi feito na diocese do Sumbe, muito especialmente pelos sacerdotes Vitor Mira e David Nogueira e também por todos os missionários Ondjoyetu, que são incansáveis nesta obra de tornar os mais desfavorecidos felizes e amparados.