Um caminho vocacional, um percurso natural

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António Cardoso é seminarista da Diocese e vai frequentar, no próximo ano pastoral, o 5.º ano do Seminário Maior. Foi instituído leitor no passado dia 13 de julho, na Solenidade da dedicação da Catedral.

É natural da paróquia de Benfica do Ribatejo, diocese de Santarém. O PRESENTE falou com o seminarista, amigos e familiares e dá a conhecer o percurso vocacional as pessoas que o marcaram.

Terá sido a convivência com Georgina Bento, a avó paterna de António Cardoso, uma pessoa devota e dedicada à comunidade, que o fez ter uma relação muito próxima com a Igreja, conta Celeste Cardoso, mãe do seminarista. “Ele sempre foi muito próximo da avó paterna, que foi uma grande influência para ele”. “Desde pequenino seguiu sempre estas passadas, ainda não andava na escola e já seguia o caminho da Igreja”.

Apesar de reconhecerem a proximidade do filho com a vida pastoral, ficaram surpreendidos quando lhes deu a conhecer a sua orientação vocacional. Apesar da surpresa inicial, deram-lhe o apoio necessário. “Hoje, dou graças a Deus e estou feliz por isso”, refere.

 

A ligação com o Renovamento Carismático através da Comunidade Luz e Vida foi, no entender de Celeste Cardoso, um momento muito importante no discernimento vocacional do filho.

Foi neste movimento que António Cardoso conheceu Isabel Baião, também ela da paróquia de Benfica do Ribatejo. Foi Isabel que o convidou a ficar no grupo paroquial do Renovamento Carismático. Para ela, a vocação que o António evidenciou não foi uma “decisão repentina”, mas “algo pensado e aprofundado”. “Ele é uma pessoa muito humilde e dedicada o que, aliado ao conhecimento que já possuía e sobretudo à abertura ao Espírito, acaba por apontar este caminho vocacional como um percurso natural”.

A opinião de Isabel vai ao encontro da do padre José Abílio Costa, atual pároco de Benfica, que contactou com o seminarista há 12 anos, quando este representou a paróquia no Conselho Pastoral Vicarial. Do trato que teve com António, lembra a pessoa “reservada, empenhada e comprometida”. “As pessoas que com ele contactam ou contactaram, consideram natural o seu percurso, até porque ele sempre foi uma pessoa muito atenta aos outros”, conclui o sacerdote.

ENTREVISTA: O leitor António Cardoso na 1.ª pessoa…

O que significa, para si, receber ministério do leitorado?

Embora este ministério seja apenas o primeiro dos vários passos que irei dar até à ordenação sacerdotal, leva-me a assumir ainda com mais responsabilidade e compromisso o sim que dei ao chamamento que Jesus me fez e continua a fazer no meu percurso vocacional. Ao receber este ministério, dou graças a Deus, que me fortalece e me capacita, para que eu possa anunciar e proclamar a sua Palavra, que continua a tocar os corações de tantos homens e mulheres dos nossos dias.

Concretamente, em que ações espera concretizar o ministério que agora recebe?

Sinto-me chamado a ser evangelizador e testemunha da Palavra de Deus. Quero viver a Palavra com o exemplo da minha vida e das minhas atitudes, para assim a poder semear nos corações daqueles que a escutam.

Quem considera ter contribuído para o despertar da vocação?

Com muita frequência afirmo que a minha, foi uma vocação tardia, mas quando paro e medito no percurso da minha vida cristã, reconheço que Deus desde cedo foi colocando pessoas no meu caminho, que contribuiram para o despertar da minha vocação. A ação destas pessoas teve mais impacto após a minha entrada na Comunidade Luz e Vida, na nossa Diocese de Leiria-Fátima. Aqui, o padre Filipe Lopes e o padre Marcelo de Moraes contribuíram bastante para o meu processo vocacional.

Sem dúvida, a minha família sempre teve um papel muito importante no meu processo vocacional. Quando perceberam qual era a minha vocação, estiveram sempre ao meu lado e tive todo o seu apoio; sempre me sustentaram e sustentam ainda através da oração.

Como perspetiva o futuro?

A partir de agora quero continuar a dar o meu sim ao chamamento que Jesus me continua a fazer. Quero buscar cada vez mais o desejo de configurar a minha vida com a Sua pessoa; deixar que seja Ele a guiar os meus passos e o meu coração, que seja a Sua vontade a prevalecer na minha vida. Quero aproveitar todos os momentos que Jesus me vai proporcionando para poder crescer enquanto ser humano, homem de Deus e enquanto vocacionado ao sacerdócio. Se for a Sua vontade é também a minha: ser padre. 

 

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