De 8 a 12 de maio, decorreu, no Agrupamento de Escolas das Colmeias, a Semana Missionária do ano letivo 2022/2023.
Várias foram as atividades dinamizadas: testemunhos missionários da Associação Abraçar São Tomé e Príncipe, espaço com a exposição de trabalhos dos alunos e informações relativas à ação missionária, construção do mural «Por um mundo melhor», projeção de vídeos sobre a Missão, momento multicultural, campanha solidária em favor dos projetos de desenvolvimento humano integral promovidos pela Associação Abraçar São Tomé e Príncipe.
Foi com muita alegria e interesse que os alunos receberam os missionários padre Nuno Miguel Rodrigues e Catarina Fontainhas, que nos falaram da sua missão em terras africanas. Ficaram todos sensibilizados perante a descrição de uma realidade de extrema carência a nível da alimentação, saúde, educação e outras condições básicas para a concretização do direito a uma vida digna. Perceberam como os missionários comungam verdadeiramente das alegrias e esperanças do povo são tomense, das suas tristezas e angústias, trabalhando juntos na instauração de melhores condições de vida e promovendo nas pessoas a confiança na sua própria capacidade de iniciativa criadora.
Também nós, onde estivermos, podemos ser missionários, partilhando o que somos, ajudando o outro a ser feliz, deixando um rasto de amor onde quer que vamos. É isto que dá sentido à vida.
Muito obrigado a todos os que colaboraram e participaram nestes cinco dias de celebração da Fraternidade e da Missão!
«Passo a passo, grão a grão
Completamos esta construção,
Não imaginas o poder,
Que te deixaram na palma da mão.»

Testemunho de alunos
A visita dos missionários foi muito marcante para mim! Fiquei a saber como certas pessoas vivem em África e fez-me agradecer por tudo o que tenho. Ainda bem que há pessoas como o padre Nuno para ajudar quem tanto precisa.
Mafalda Martins, 5.º A
Achei a visita do padre Nuno muito interessante, pois ele mostrou o que realmente acontece nos países mais desfavorecidos. Além disso, percebi que, se não fosse a ajuda dos missionários, muitas crianças não teriam acesso ao ensino escolar e aos remédios de que necessitam. Com esta visita, entendi que os missionários e pessoas como o padre Nuno são heróis para estas crianças e famílias.
Henrique Anselmo, 6.º C
O senhor padre Nuno contou-nos uma história que me tocou o coração: ele trouxe dois meninos, o Samuel e o David, para Portugal, para serem curados de uma doença da qual, em S. Tomé e Príncipe, seria impossível serem tratados, acabando por morrer tão jovens. Algumas pessoas, com bom coração, ajudaram o padre Nuno a trazê-los para Portugal e a arranjar um hospital para serem tratados e, assim, viverem muitos e felizes anos.
Lara Cabecinhas, 7.º C
Na aula de EMRC tivemos a visita do padre Nuno, um missionário, que partilhou connosco as experiências que vivenciou em S. Tomé e Príncipe. Num vídeo, mostrou-nos duas missionárias que atendiam pessoas dando-lhes os primeiros socorros. Faziam de tudo para ajudar todas aquelas pessoas, mas era muita gente para tratar… Algumas das crianças atendidas nunca tinham visto um comprimido na vida. Como lá as pessoas preocupam-se tanto umas com as outras, uma criança, ao ver o comprimido, foi reparti-lo com outra pessoa. Perante a falta de escolas ou a falta de salas de aula noutras, os missionários decidiram empreender a construção de uma nova escola. Foi maravilhoso ver que cada criança, independentemente da idade, levava a sua pedra para contribuir na construção da escola.
Alice Mota, 8.º C
Foi bastante interessante o testemunho dos missionários sobre um projeto que já ajudou muitas pessoas,
especialmente crianças, que realmente necessitam de ajuda em S. Tomé e Príncipe. Foi também bom ter
conhecimento do sentido de interajuda dos missionários que viajam até S. Tomé e Príncipe e da disponibilidade que oferecem para tal, com o simples, porém nobre, objetivo de ajudar pessoas carenciadas em diferentes vertentes. Uma das coisas que os missionários nos contaram e mais me tocou foi o facto de que, para muitas crianças, a única oportunidade que elas têm de comer é na escola, onde têm acesso a uma refeição diária. É bom saber que ainda há pessoas dispostas a ajudar os outros sem esperar algo em troca.
Afonso Silvestre, 9.º D