Santuário de Fátima apresenta novo presbitério do Recinto de Oração

Em sessão pública realizada no dia 20 de março, o Santuário de Fátima deu a conhecer o projeto do novo presbitério do Recinto de Oração, uma obra que tem como horizonte a celebração do Centenário das Aparições, em 2017, mas que se pretende concluída até outubro próximo.

A sessão iniciou na Colunata de Nossa Senhora do Carmo, junto do local onde o novo presbitério está a ser construído, com a apresentação pelo reitor, padre Carlos Cabecinhas, e estendeu-se à Casa de S. Miguel, onde foi possível ver a maqueta e conhecer algumas das principais características arquitetónicas, de engenharia e iconográficas do novo presbitério.

 

“Intervenção importante e necessária, que não poderíamos deixar de promover”

A nova construção, embora não exatamente no mesmo local, mas igualmente defronte da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, substituirá o presbitério que desde 1982, ocasião da primeira visita do Papa João Paulo II a Fátima, marca a fisionomia do Recinto de Oração. “Em 2010, no âmbito dos estudos desenvolvidos para o projeto de valorização do Recinto de Oração, o Santuário entendeu ser oportuno considerar a substituição do presbitério, optando por uma solução com carácter definitivo e que convivesse de forma harmoniosa com os diferentes elementos que compõem este espaço emblemático”, contextualizou o Reitor.

Considerada “uma intervenção importante e necessária, que não poderíamos deixar de promover”, o reitor está consciente do “enorme incómodo que trará aos peregrinos, não só por causa dos condicionalismos no uso dos espaços, mas também pelo inevitável ruído que uma obra deste género provoca e que compromete o ambiente de oração e silêncio, tão característico de Fátima”. Ainda assim, não será cancelado nenhum evento já previsto e “vamos fazer tudo para que não demore senão o tempo estritamente necessário”, disse o reitor.

A zona de intervenção ocupa o atual presbitério, que está a ser desmobilizado, as escadarias do Recinto e a zona das Colunatas. O novo presbitério será uma construção completamente nova: “Em termos programáticos, pretendeu-se uma solução funcional mas com expressividade simbólica e qualidade artística. Os percursos interiores pretenderam-se amplos, garantindo a movimentação e a valorização da dimensão cénica das celebrações. Para apoio ao funcionamento do presbitério, previu-se um conjunto de espaços num piso inferior para a Capela da Reserva Eucarística, a sacristia, espaço de arrumos e sanitários”.

 

Obras de arte

O projeto é do arquiteto grego Alexandros Tombazis, o mesmo autor da Basílica da Santíssima Trindade. “Este foi um processo moroso, pois a exigência do Santuário foi sempre muito grande, dada a importância celebrativa deste espaço e o impacto visual que tem no conjunto do Recinto de Oração”, recordou o Reitor para sublinhar que se pretendeu sempre “um projeto arrojado a nível das soluções estruturais e bem inserido no conjunto das colunatas e escadaria”.

O novo presbitério pretende, no seu conjunto e em cada um dos seus elementos, ser também entendido como uma obra de arte e conseguir uma integração harmónica no espaço envolvente. Terá, nas palavras do diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário, Marco Daniel Duarte, que apresentou a maqueta, três pontos fundamentais – o altar e o ambão, a Cruz e o lugar da Imagem de Nossa Senhora de Fátima –, aos quais se soma o lugar da sede presidencial, que passará a ficar no eixo da assembleia e assim mais central em relação ao Recinto. Quanto a obras de arte, Marco Daniel Duarte revelou que Filip Moroder Doss, João Mendes Ribeiro e Fernanda Fragateiro serão os autores dos principais elementos iconográficos.

A arquiteta Paula Santos, que em Portugal lidera a equipa dirigida por Alexandros Tombazis, deu também a conhecer alguns pormenores do novo presbitério: terá capacidade para 120 concelebrantes e descerá 2,4 metros na escadaria face ao atual, tornando-se assim mais próximo da assembleia. A estrutura terá uma cobertura em fibra de vidro, para proteção das condições meteorológicas. A pedra ataíja – calcário da região – com que foram construídas a escadaria e a Basílica de Nossa Senhora do Rosário será o material mais usado na nova construção.

A obra foi iniciada nesse mesmo dia e levou a que no domingo seguinte, data da peregrinação da diocese de Leiria-Fátima (ver páginas centrais), fosse já utilizado um altar provisório de menor dimensão.

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