Quando o fim da vida levanta questões

O Centro de Cultura e Formação Cristã da Diocese de Leiria-Fátima está a organizar, neste semestre, um Ciclo de Ética e Espiritualidade intitulado “Cuidar (n)as fronteiras da vida”. Orientado por especialistas nas áreas da teologia, da bioética e dos cuidados biomédicos, decorre no Centro Pastoral Diocesano, das 19h30 às 21h45.

A próxima sessão será no dia 17 de dezembro, com duas intervenções: a filósofa Marta Mendes e a psicopedagoga Fernanda Sousa, mentoras do projeto Associação Luz Mágica, focado no apoio a crianças em situações-limite, abordam a difícil questão do papel dos cuidados paliativos com crianças em fim de vida, com o tema “Quando o fim toca o começo”; numa segunda hora, Ana Isabel Querido, docente da Escola Superior de Saúde de Leiria, foca a atenção nos cuidados oferecidos em final de vida, na talvez ténue fronteira entre esperança e obstinação terapêutica, a partir da pergunta “Morreste-me?”.

 

Reflexão e questionamento

O percurso feito até agora pelos participantes do ciclo passou, num primeiro passo, por uma leitura cristã da condição da vida humana, dom frágil, cujas fronteiras interpelam a uma resposta ética que nos distancie do absurdo do sofrimento e nos dinamize ao cuidado do outro como único jeito de ser verdadeiramente autêntico. A essa luz se intui que o cuidado oferecido é potenciador de olhares renovados sobre a vida, mesmo – ou sobretudo – a partir dos seus momentos de maior vulnerabilidade.

Num segundo momento, o olhar foca-se agora em alguns dos desafios éticos com que a prática do cuidado se debate, particularmente na área da saúde, evidenciando-se nesses cruzamentos éticos a relevância da dimensão espiritual no acompanhamento dos mais vulneráveis e a dimensão verdadeiramente holística do cuidado. Lugar ético de excelência, o cuidado é espaço em que a pessoa se diz, dizendo simultaneamente algo do outro. Não raras vezes, esta praxis é o único testemunho humanizador no limiar do humano.

A palavra conclusiva do ciclo é ainda uma questão: o cuidador é, também ele um lugar frágil, ferido, necessitado de cuidados; de que se alimenta, então, o cuidado, se este é relação de frágeis?”

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