Foi assim que a catequese paroquial se apresentou (apresenta) diante de crianças, catequistas e famílias, no primeiro dia de advento.
Uma magnífica e majestosa pintura do nascimento de Jesus será afixada na igreja, daqui a duas ou três semanas, depois de retocada a pintura de cada uma das 299 partes em que foi dividida. O rascunho impresso em marca d’ água será avivado por três centenas de crianças e adolescentes. Esta é a parte comum, que resultará na medida em que cada um de nós faça por não ser ausente. Fazer chegar em tempo certo a sua parte do todo é uma forma de nos tornarmos presentes e próximos na comunidade.
Num outro contexto são propostos seis caminhos, mais ao nível das vivências. E apesar de serem as crianças as portadoras do guião de conteúdos, o apelo é para chegar a mais pessoas: sobretudo as que são próximas dos nossos catequizandos.
Em apontamento simples indica-se cada proposta:
- Orar. Quem fizer esta opção recebe um conjunto de textos de oração, para gerir com especial cuidado durante os próximos cerca de 40 dias. Com a consciência de ser como Moisés: braços erguidos em oração a Deus, pedindo-Lhe o bem de todo o Povo (neste caso, toda a nossa comunidade).
- Doar. É uma atitude mais próxima do espírito das Obras de Misericórdia (ainda recentemente revistas pelo 4º e pelo 11º (adultos) anos da catequese. Ao optar-se pela doação da comida, da bebida, da visita, ou pelo acolhimento, apenas se sugere que se conheça o destinatário, para que a oferta seja muito mais assertiva. Catequistas, pais, pároco, todos podem ajudar a encaminhar vontades. Nota: os pobres ou os sedentos também gostam de Coca-Cola e hambúrguer!
- Reconciliar. Este tema é muito interessante! Pode começar-se pelos texto chamado da “correção fraterna”, associado a um outro: “perdoar setenta vezes sete (70 X 7). Catequistas, pais ou pároco ajudam na citação! Posto isso, o objetivo é fazer uma autoavaliação sobre a forma de cada um tratar a sua família ou parentes mais próximos. Olhar para si com acolhimento da fragilidade. Ou então: ajudar o próximo (pais, manos, tios ou avós, vizinhos…) e pensar nas suas atitudes. Dizê-lo muito carinhosamente! E no dia 19 encontramo-nos na igreja, junto aos presépios, para celebrar a Reconciliação, em grupo familiar. Conseguiremos?
- Cuidar. Aqui a mensagem é a recordar as palavras do Papa Francisco: cuidar da casa comum. É lema de um texto muito belo em que o Papa alerta para o carinho de todos pela natureza, pelo ambiente, pelos animais. Convite a contrariar a destruição que parece implantada em tanto lado. Este cuidado tem que ser pragmático (ou seja: envolvente, sério, prático, concreto…). Conhecemos palavras clássicas: reciclar, reutilizar, reduzir, repensar, recusar… e podemos acrescentar: contemplar, conhecer, pintar ou fotografar, conversar, persuadir… É um sem número de atitudes e convicções que podem levar a gestos infindáveis. E uma coisa é certa: o ambiente ou a natureza não se esquecerá de nenhum dos nossos gestos!
- Dialogar. Esta atitude é uma chatice! Não parece muito espiritual, até! Mas segue assim: é proibido fazer seja o que fôr, em termos de natal, sem dialogar com alguém. Seja o que fôr! Assim: vou fazer ceia? Falo com um dos presentes. Há croquetes? Só se falar com alguém. Compro talheres novos? Se dialogar antes! Que fazemos de decoração? Seja o que fôr, mas falando (quem tem 50 ovelhas de barro tem que perguntar em casa quantas e quais se vão usar este ano!). Escrevemos postais de natal (porque não)? A quem vou apresentar a ideia, definir a mensagem, e enviar a carta? Tudo tudo tudo desta forma. Sem esquecer! O resultado poderá ser tão belo!
- Distrair. E se alguém não quer deixar de ser um de todos, mas não sente, estes dias, grande apetência para as sugestões anteriores? Não faz mal. Opta por se distrair um pouco, com a observação e apontamento das diferenças entre desenhos da opção 6; e procura palavras nas panelas da sopa das letras! E se precisar de mais, cá estamos para ajudar. Ah! E não se esquece de pintar a sua parte das 299 peças do puzzle do desenho natalício da igreja!
Bom trabalho a todos. Que tudo seja bom argumento para acolher Jesus, que vem ao nosso encontro com tanto amor!
Bom advento! Bom Natal! Boas festas.