Peregrinação Vicarial de Ourém à Sé: Bispo diz que católicos são “missionários da consolação”

A vigararia de Ourém foi a primeira a realizar a peregrinação à Sé de Leiria, no âmbito da programação das comemorações do Centenário da Restauração da Diocese de Leiria-Fátima.

No passado domingo, 10 de dezembro, mais de meio milhar de fiéis marcaram presença neste caminho até à Catedral da Diocese e nem mesmo os ventos e a chuva da “tempestade Ana” os demoveram dos seus intuitos.

Os diocesanos foram recebidos pelo Bispo da Diocese de Leiria-Fátima. D. António Marto referiu que esta peregrinação serve para avivar o “sentimento de pertença a uma família muito mais vasta do que aquela que vivemos na paróquia”. Esclareceu também que é sempre “importante” visitar a Sé, que é, no fundo, “a igreja do Bispo”, porque é lá que se realizam os atos mais importantes da vida em Igreja, como “a ordenação de padres e diáconos”. Disse ainda que desta forma é possível ter “uma experiência de Igreja diocesana perto do seu povo”, porque assim será “uma Igreja próxima e de unidade”. Portanto, D. António Marto deixou o desejo de que “este seja um momento de graça, comunhão e alegria para a fé de todos”.

Também o padre Joaquim Baptista, vigário de Ourém, considera que esta vinda à Sé permite avivar “a consciência de pertença à Igreja diocesana”. E acrescenta que, se assim não for, “cada um viverá mais fechado na vivência das suas paróquias ou grupos paroquiais”. Além disso, esta peregrinação ajuda a perceber a “importância do Bispo diocesano” e a “uma maior proximidade entre os diocesanos e o seu Bispo”. E defende que agora é preciso “dar continuidade” a esta visita, para que, nas paróquias, consigam perceber melhor o “ministério que está patente na Sé de Leiria”.

Para muitos dos diocesanos, esta foi a primeira vez que estiveram na Sé de Leiria. Por isso, tiveram a oportunidade de ouvir o pároco, padre Gonçalo Diniz, a fazer uma resenha histórica sobre a importância desta catedral na vida da Igreja e na consolidação da Diocese de Leiria-Fátima, que foi criada a 22 de maio de 1545.

A peregrinação terminou com Missa, presidida por D. António Marto. Na homilia, o Bispo assumiu por base a leitura do Evangelho, que falava de São João Baptista, e disse que o deserto, referido na leitura, é “uma imagem do mundo difícil que vivemos” e, portanto, os desertos dos nossos dias “são os nossos corações sem fé e sem amor”. O prelado ainda avisou que o deserto mais profundo é “o do coração humano quando perde a capacidade de escutar e de falar com Deus”.

O Bispo de Leiria-Fátima também disse que, nos dias de hoje, quando estamos “desanimados”, Deus lança o convite de “nos deixarmos consolar por Ele”, porque está “sempre connosco, porque caminha connosco”, portanto nós “só temos que esperar, de confiar e de não desanimarmos”. Até porque “Ele leva-nos pela mão e consola-nos com a sua solicitude, com a sua ternura e, dessa forma, leva-nos para o caminho da vida e da salvação. O Senhor conforta-nos e dá-nos a certeza de que nos transforma em consoladores, para levarmos o nosso apoio, carinho e misericórdia a todos aqueles que precisarem”, referiu.

D. António Marto deixou claro que, perante isto, “somos missionários da consolação em Deus” e, por isso, “levamos a esperança, o amor e a fraternidade”, mas “rejeitamos o egoísmo e a hipocrisia”. A concluir a homilia, deixou um pedido a todos os presentes: “Temos que abrir o nosso coração, porque é Deus que faz o nosso Natal. Ele leva-nos ao mistério de Deus na cruz”. E evocou a Virgem Mãe, que “foi o caminho escolhido por Deus para vir ao nosso encontro”, para que “seja ela também o nosso caminho, que nos leve ao encontro de Jesus”.

Cláudia Santos, Angelus TV

2017-12-13 vig ourem

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