Paróquia dos Marrazes em tempo de confinamento: fugir da febre de mostrar

Na casa paroquial vivem três padres aos quais se juntou um outro das proximidades. Os quatro fazem as refeições em conjunto que eles próprios confecionam, e celebram a eucaristia e a liturgia das horas.

A paróquia dos Marrazes, à semelhança das outras comunidades da diocese de Leiria-Fátima, está a adaptar-se conforme consegue à nova realidade provocada pela pandemia. Na casa paroquial vivem três padres aos quais se juntou um outro das proximidades. Os quatro fazem as refeições em conjunto que eles próprios confecionam, e celebram a eucaristia e a liturgia das horas.

Igreja matriz dos Marrazes © Google Maps

Projectos sociais com a Junta e Câmara

Como seria de esperar, os projetos sociais da paróquia estão a cargo da Conferência de São Vicente de Paulo. De acordo com o pároco, o padre Rui Acácio, “Os casos aumentaram muitos nestes meses, pelo que entrámos numa parceria com a Junta de freguesia e os serviços sociais da Câmara”. Atualmente, fazem distribuição de alimentos dois dias por semana, com pedidos a chegarem todos os dias.

O contacto pessoal

Com o encerramento do cartório paroquial, as iniciativas de aconselhamento e acompanhamento fizeram com que se aumentassem os contactos telefónicos. A esse respeito, o pároco informa que “há um grupo de pessoas que semanalmente comunica e entra em diálogo individual com o pároco”. Este tipo de contacto aumentou significativamente, “havendo muitas pessoas que se fazem presentes na vida do padre, interessando-se e ajudando a manutenção da casa paroquial, onde vivem três padres”.

Missas sem transmissão

Por opção, os padres que vivem na casa paroquial não transmitem as celebrações das Missas através dos meios digitais. Para eles, “isso não é uma solução, e corre-se o risco de se tornarem banais, pelo que a paróquia optou por não o fazer”. Como alternativa, os paroquianos foram aconselhados a acompanhar a celebração que o bispo diocesano transmite aos domingos.

Todavia, as plataformas digitais são usadas para outros efeitos. Por elas têm sido enviadas mensagens, quer para alguns lares de idosos, com celebração da palavra, quer para grupos que se reúnem todos os sábados através de vídeo-conferência, para seguirem uma reflexão sobre a liturgia dominical. Aos sábados, o pároco também divulga uma mensagem que é enviada e lida nos vários grupos. A missa diária é feita com um grupo de três ou quatro convidados e, para o padre Rui “tem proporcionado uma familiaridade e intensidade únicas”.

Catequese

No sector da catequese, foi decidido parar “sem euforias de comunicação e, sobretudo, correndo o risco de perder ou minimizar o contacto pessoal”. Por altura da semana santa e da páscoa, foram lançadas campanhas paroquiais na catequese. Também é mantido o contacto em grupo fechado com os jovens do projeto Say Yes, para manter a ligação e não para sessões temáticas.

Toda a caminhada paroquial pode ser acompanhada na página da paróquia, em www.paroquiamarrazes.pt, semanalmente atualizada com espaços de reflexão e partilha. O princípio que rege os padres das paróquias desde o início e que resultou de uma reunião realizada em março, é “fazer menos, mas melhor, e fugir da febre de fazer para mostrar, pois este tempo foi-nos dado exatamente para parar e olhar para dentro”.

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