As 90 primaveras do barreirense Borges da Cunha foram celebradas com um banquete familiar a 8 de dezembro, onde não faltaram também os amigos mais próximos.
Nasceu a 3 de dezembro de 1934 e frequentou o Seminário de Leiria.
É um apaixonado pela cultura lusa no Oriente, pois cumpriu serviço militar no antigo Estado da Índia, para onde se deslocou várias vezes durante a sua vida, para matar saudades e atualizar contactos.

Foi presidente da Junta de Freguesia da Barreira entre 1978 e 1982. Deve-se à sua sagacidade a construção da estrada do Casal da Cortiça e da estrada da Marvila ao Casal Galego, que vieram abrir novos itinerários para os automobilistas da freguesia. Durante o seu mandato, a sede da Junta passou a funcionar na antiga escola primária, junto ao Casal dos Torrinhas, edifício cedido pelo Ministério das Finanças.
Nem só de vida autárquica se preencheu o labor deste homem de política e de cultura, já honrado com o Medalhão da Freguesia da Barreira e homenageado pela Câmara Municipal de Leiria.
Publicou diversos livros, desde os destinados ao escalão etário dos 6 aos 10 anos, na qualidade de professor primário durante mais de 30 anos, percorrendo ainda a vida profissional de mediador de seguros. Deu também à estampa uma trilogia de livros sobre a história da Barreira, uma biografia sobre o Barão de Porto de Mós, outra sobre Monsenhor Antunes Borges (em parceria com António Antunes Frazão), para além dos livros Arquiteto João Antunes: Vida e Obra, Goa – 50 anos depois e Memórias do Oriente.
Além dos trabalhos de prosa como resiliente investigador, também fez incursão pela poesia com Rosas, participando na Antologia de Poetas da Barreira e na Antologia de Poetas Lusófonos.
Este homem não passou ao lado da vida. Deixou para as gerações futuras um legado literário, 3 filhos e 5 netos.