No próximo dia 28 de janeiro, vai realizar-se a trasladação do Servo de Deus, padre Manuel Nunes Formigão, do cemitério de Fátima para um mausoléu para esse efeito construído na Casa de Nossa Senhora das Dores, da Congregação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima.
Pelas 10h00, será a concentração de quem desejar acompanhar este momento, junto à Casa de Nossa Senhora das Dores, na rua Francisco Marto, em Fátima. Daí seguirão para o cemitério da Freguesia de Fátima, regressando à Cova da Iria para a celebração da Missa, às 11h00, na Basílica da Santíssima Trindade. No final, os restos mortais do padre Formigão seguirão para o mausoléu da Casa Senhora das Dores.
Recordamos que o padre Manuel Nunes Formigão, nascido em Tomar em 1883 e ordenado em Roma em 1908, acompanhou as Aparições de Fátima desde setembro de 1917, sendo um dos primeiros a interrogar os Pastorinhos. Primeiro com ceticismo e, depois, convencido de que era verdade o que contavam, foi um dos principais impulsionadores da investigação sobre a veracidade dos factos e da mensagem ali deixada por Nossa Senhora. Considerado um dos obreiros do Santuário de Fátima, a ele se deve, entre muitas outras coisas, a fundação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima e do jornal A Voz da Fátima, tendo escrito dezenas e artigos e livros sobre as Aparições, que lhe valeram o epíteto de “Apóstolo de Fátima”.
Foi também o fundador da Congregação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima, como resposta a uma sugestão da Jacinta, para “reparar as ofensas que se cometem contra o amor de Deus”, especialmente pela missão da adoração no Sagrado Lausperene no Santuário. Faleceu a 30 de janeiro de 1958, precisamente na casa onde irá agora ser sepultado, no ano do centenário das Aparições. Decorre ainda o seu processo de canonização, iniciado no ano 2000.