Missa Crismal coloca sacerdotes sob o manto da Mãe

A Missa Crismal, presidida por D. António Marto, na Sé de Leiria, nesta Quinta-Feira Santa, 13 de abril, teve um cunho mariano. Foi sob o manto de Nossa Senhora que o Bispo diocesano quis colocar o clero de Leiria-Fátima, neste ano centenário das Aparições.

“Embora a título diverso, tanto Maria como os sacerdotes participam, de maneira específica e autêntica, da unção e da missão de Cristo proclamadas no evangelho: «O Espírito do Senhor está sobre mim porque ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Ele me enviou a proclamar a redenção aos cativos…»”, começou por dizer o Bispo, na sua homilia, que desenvolveu em três pontos.

No primeiro, olhando o papel de Maria na incarnação de Jesus, partiu do seu “‘sim’ sem reservas” para apontar um modelo para os sacerdotes, chamados a serem “servos e servidores humildes e fiéis do projeto de salvação” e a dedicarem-se “com todas as energias (…) ao cuidado pastoral dos irmãos e na realização da missão da Igreja no mundo”.

Depois, contemplando a Mãe de Jesus junto à Cruz, apontou “a particular relação de maternidade entre Maria e os presbíteros”, considerando que “Nossa Senhora tem uma predileção pelos sacerdotes porque também eles, como Ela, estão consagrados para a missão de proclamar, testemunhar e dar Cristo ao mundo”. Daqui parte a missão sacerdotal “na compaixão e no cuidado por quem sofre, pelos doentes, os pobres, os idosos e todos os abandonados (…), especialmente mediante a visita, a oração e os sacramentos”.

2017-04-13 crismal1Num terceiro ponto, o Bispo diocesano recordou a presença de Maria no Pentecostes e a sua ação na Igreja nascente, sob impulso do Espírito Santo que a todos impele na construção da Igreja. “Ela ajuda-nos a contemplar a beleza da comunhão e da missão da Igreja, a beleza da fraternidade sacerdotal, de ser padres não isoladamente, cada um por si só, mas unidos na diversidade dos dons e das personalidades para enriquecimento mútuo e de todo o povo de Deus”, disse.

A partir desta reflexão e preparando a renovação dos compromissos sacerdotais que todos iriam proclamar de seguida, D. António Marto apelou: “Peçamos à Mãe da Igreja que nos obtenha uma renovada efusão do Espírito Santo que acenda e reavive em nós o amor à nossa Igreja diocesana, a ousadia e a criatividade apostólica, o ardor missionário”. Vendo nela “o modelo perfeito da própria existência” e acolhendo-a “como mãe e mestra”, os sacerdotes foram convidados, neste ano de centenário das Aparições em Fátima, a imitá-la “levando a todos a luz, o conforto, a esperança e a alegria do Evangelho”.

A este propósito, o Pastor sublinhou a riqueza dos momentos pastorais da visita da Imagem Peregrina à Diocese, em maio de 2016, e as peregrinações vicariais a Fátima, entre novembro de 2016 e abril de 2017, em que “o nosso povo deu-nos provas –até com alguma surpresa – de que o coração da Mãe continua a falar ao coração dos filhos, a tocá-lo no íntimo, a mostrar-se caminho que conduz até Deus e ajuda a descobrir o mistério de Deus no mundo, na história e na vida diária de cada um e de todos”.

 

Padres jubilares

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No início da sua homilia, D. António começou por saudar os cerca de uma centena de padres presentes, especialmente os que este ano celebram o seu jubileu.

O destaque foi para as bodas de diamante dos 75 de sacerdócio do cónego Manuel da Silva Gaspar (na foto), ordenado em 12-07-1942. A assembleia acompanhou o cumprimento com uma calorosa salva de palmas.

Também mencionados foram os que celebram as bodas de ouro de ordenação, Alcides Rocha Neves e Clemente Dotti, ordenados a 23-12-1967. Por fim, os que celebram as bodas de prata: José Martins Alves, Luís Manuel Morouço Ferreira, Pedro Manuel Ferreira, Rui Acácio Ribeiro e Vítor Mira de Jesus, grupo ordenado a 05-07-1992; e o monfortino Luís Oliveira Pereira, atualmente ao serviço da Diocese, ordenado a 11-07-1992.

 

 

Bênção dos Santos Óleos

É nesta Eucaristia que são benzidos, todos os anos, os Santos Óleos que os sacerdotes levam depois para as respetivas comunidades, para uso nas celebrações.

Na liturgia são usados três Santos Óleos:

1) Santo Crisma, que recebe o nome de Cristo, o Ungido de Deus, confecionado com azeite e bálsamo, consagrado para uso no Batismo, no Crisma, na ordenação dos bispos e dos presbíteros e na sagração ou bênção solene de igrejas, altares e alfaias litúrgicas.

2) Óleo dos Catecúmenos, usado para a unção pré-batismal, a significar a força do cristão na luta contra o mal.

3) Óleo dos Enfermos, para usar no sacramento da Unção dos Doentes, para alívio e fortalecimento dos enfermos e dos idosos, pedindo o dom da saúde e a fortaleza da fé quando a cura possa já não ser possível.

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