A Igreja Diocesana, após o sínodo que ainda se encontra em reflexão, decidiu iniciar novos caminhos para uma Igreja mais viva e mais ativa, com o compromisso de todos.
Os tempos são de constante mudança, a sociedade muda, e as instituições, sem perder a sua identidade, têm que procurar caminhos novos que proporcionem àqueles a quem servem novas propostas e desafios para uma vida mais tranquila e feliz.
Os passos que estão a ser dados na nossa Diocese, com a criação das Unidades Pastorais para renovação das comunidades sem as descaracterizar ou que percam a sua natureza centrada no acolhimento, evangelização e na missão, é uma das formas que o papa Francisco aborda na sua primeira exortação apostólica, “Evangelii Gaudium” (A Alegria do Evangelho). Nela, fala de “uma Igreja em saída”, onde ressalta que, no mundo de hoje, a proclamação do Evangelho é uma prioridade, mas há a necessidade de uma nova linguagem capaz de fazer com que a sua beleza seja compreendida.
“A paróquia não é uma estrutura caduca; precisamente porque possui uma grande plasticidade, pode assumir formas muito diferentes que requerem a docilidade e a criatividade missionária do pastor e da comunidade. Embora não seja certamente a única instituição evangelizadora, se for capaz de se reformar e adaptar constantemente, continuará a ser «a própria Igreja que vive no meio das casas dos seus filhos e das suas filhas». Temos, porém, de reconhecer que o apelo à revisão e renovação das paróquias ainda não deu suficientemente fruto, tornando-as ainda mais próximas das pessoas, sendo âmbitos de viva comunhão e participação e orientando-as completamente para a missão.” (Ev. Gaud. nº 28)
Neste contexto, a Unidade Pastoral 2, que compreende as paróquias de Azoia, Barosa, Marrazes e Parceiros, iniciou o seu processo pastoral. As comunidades foram convidadas para a celebração litúrgica na paróquia da Barosa e, na presença do bispo diocesano, foram dados a conhecer os responsáveis por cada paróquia e o que se pretende com este dinamismo.
Na sua intervenção, o bispo falou de um novo caminho na Igreja e que este caminho deve ser feito sem pressas, mas com solidez. Todos têm que ser corresponsáveis para que a Igreja seja acolhedora, aberta e evangelizadora.
No domingo, na presença do vigário geral da Diocese, houve a tomada de posse do novo pároco da paróquia de Marrazes, o padre Vítor José Mira. Com ele encontravam-se os padres que fazem parte da Unidade Pastoral de Marrazes, e também o padre Rui Ribeiro e o padre André Batista.
Nesta celebração houve três momentos simbólicos que ajudaram a compreender o caminho a fazer: a entrega do Evangeliário, ser o arauto da Boa Nova; a recitação do Credo, o assumir o compromisso da disponibilidade; e a entrega das chaves da igreja, o abrir a porta a todos, ensinar e depois enviar.
Durante a celebração, o novo pároco mostrou a sua disponibilidade e disse que também espera a colaboração de cada um. No final, houve os cumprimentos e um convívio onde todos puderam participar.