A paróquia da Marinha Grande, de que é pároco o padre Armindo Castelão Ferreira, procedeu no passado domingo, dia 4 de junho, ao encerramento oficial das atividades do ano pastoral, em colaboração com a Câmara Municipal, sendo esse encerramento inserido nas festas da cidade promovidas pelo município, e que se realizaram no Parque da Cerca.
Numa convergência de vontades e de esforços por parte da paróquia e da câmara, entre muitas outras iniciativas de carácter lúdico, artístico e de lazer, estas festas incluíram no seu programa, na manhã deste domingo, diversas atividades dirigidas às crianças e adolescentes da catequese, a celebração da Eucaristia, que contou com a presença de mais de 1.500 fiéis, bem como a Festa do Envio dos adolescentes do 10.º ano de catequese.
Pode dizer-se que foi verdadeiramente o reflexo da vitalidade de uma urbe que se desenvolve nas mais diversas vertentes, e que esteve ali também presente na pujança da sua vida espiritual, a qual muitas vezes é deixada de lado nas iniciativas que se desenvolvem um pouco por todo o lado. Essa vida espiritual é aquela que dá sentido e consistência a todos os outros aspetos da vida humana, dela beneficiando até mesmo as pessoas que se encontram mais afastadas da sua vivência, constituindo nas palavras do Papa Francisco as periferias a que somos chamados a anunciar o Evangelho.
Por isso, foi com grande entusiasmo que, ao longo das últimas semanas, as muitas centenas de paroquianos comprometidos em Igreja prepararam a organização deste encerramento, que envolveu um enorme esforço e dedicação pessoais e que contou com o valioso apoio logístico por parte da Câmara, que pôs à disposição da paróquia todas as estruturas existentes, nomeadamente para a celebração da Missa campal.
E foi também com grande entusiasmo (apesar de convocadas para um domingo às nove da manhã) que as muitas crianças e adolescentes se envolveram nas atividades da descoberta do valor e da importância da oração, participando e aprofundando a sua fé e a sua formação cristã com diversos jogos relacionados com as orações do Pai-Nosso, da Ave-Maria e da Salve-Rainha.
Tendo estes um espaço para si reservado em frente ao palco onde se celebrou a Eucaristia, constituíram, com os seus pais e com os seus catequistas, a primeira linha de uma moldura humana que, nas palavras do padre Patrício Oliveira, vigário paroquial, que presidiu, são o sinal de uma Igreja plena de vida e com o futuro pela frente.
Graças à boa qualidade da aparelhagem de som e ao empenhamento dos respetivos técnicos, foi possível a toda a assembleia presente sentir-se tocada pela beleza dos cânticos e acompanhar o coro de cerca de 40 elementos, formado por cantores de diversos coros da paróquia (de crianças, jovens e adultos) em toda a celebração litúrgica.
Antes da bênção final, pronunciada sob a forma solene, teve lugar um momento especialmente significativo, pelo facto de ter sido entregue a cada um dos mais de 50 adolescentes que frequentaram o 10.º ano de catequese uma pequena ampola de vidro com sal, relembrando que cada um deles é desafiado, a partir de agora, a ser sal da terra, mesmo não tendo sido ainda crismados, o que sucederá para o final do ano corrente.
No convívio que se seguiu, e em que muitas centenas de pessoas aproveitaram para almoçar nas inúmeras tasquinhas de diversas associações culturais, recreativas e desportivas da cidade, espalhadas pelo Parque da Cerca, foi possível ouvir mais do que uma vez, com alguma nostalgia, como seria bom ter um momento destes todos os meses…
Paróquia da Marinha Grande