O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, afirmou na passada quinta-feira, 29 de setembro, em Leiria, que estas instituições existem para servir os outros e não para procurar benefícios para si próprio.
Manuel de Lemos abriu o ciclo de conferências da Misericórdia de Leiria, no âmbito do ano jubilar da misericórdia proposto pelo Papa Francisco, falando sobre “A obra das Misericórdias hoje e amanhã”. Fazendo referência às origens históricas, na Itália, primeiro, e em Portugal, depois, sublinhou o espírito cristão que move à ação em favor das pessoas que precisam de ajuda. E citou as palavras do Papa Francisco às Misericórdias, no seu recente jubileu em Roma: “Vós sois artesãos da misericórdia, sois a mão de Cristo estendida aos que pedem ajuda. Tocais a carne de Cristo nos homens que sofrem”. Denunciou que as Misericórdias têm sido alvo de cobiças várias.
Em relação ao futuro, alertou para o problema da sustentabilidade, a que se deverá responder com a unidade entre todas, esforço de qualificação de serviços, gestão rigorosa e competente, reforço da ligação à Igreja e das parcerias com entidades como as universidades, as autarquias e outras. Quanto aos serviços, mencionou a necessidade de desenvolver a rede de cuidados paliativos e o aumento do apoio domiciliário com a oferta de serviços segundo as necessidades das pessoas, entre elas a segurança.
O bispo de Leiria-Fátima esteve também presente e dirigiu uma saudação a todos. D. António Marto congratulou-se com a admissão de cerca de 50 novos irmãos, que acabara de ser feita no início da sessão, e pelo ciclo de conferências. Estas, disse, podem ser ocasião de recuperar o espírito genuíno que deu início às Misericórdias: ser expressão do coração de Deus que se abre às feridas dos homens e cuida delas com múltiplas obras de amor. Formulou votos de que a Misericórdia de Leiria se expanda sempre mais na cidade e na região.
Próxima…
A próxima conferência, no auditório da Santa Casa de Leiria, é já esta quinta-feira, dia 6, às 21h00, com o jornalista António Marujo a desenvolver o tema “Um hospital de campanha: a Igreja sonhada pelo Papa Francisco”.