Leigos e religiosas refletem sobre transformação da sociedade

No passado dia 15 de novembro, cerca de 180 irmãs e colaboradores participaram no 13.º encontro da Família Alargada do Sagrado Coração de Maria (FASCM), no Colégio do Coração de Maria, em Fátima.

Trata-se de um movimento que “abraça todos aqueles e aquelas que se identificam com o espírito das Religiosas do Sagrado Coração de Maria (RSCM) e querem partilhar a missão geradora de vida de Jesus Cristo”. Tem como principal objetivo aprofundar a relação com as RSCM e a compreensão do carisma de Jean Gailhac, colaborando com as religiosas e participando nos encontros do Instituto.

Este é o dia que o Senhor fez para nós”. Foi assim que o coordenador da FASCM, o diácono Paulo Campino, iniciou os trabalhos, enaltecendo a presença de todos. A matéria do encontro ancorou-se no tema do ano da Província, “Sair para encontrar… Aproximar-me para transformar…”. Inspirada na parábola do Bom Samaritano, a superiora geral introduziu o tema da proximidade, sublinhando que o amor aos outros é o caminho para o amor a Deus. Assim, é a partir do coração que começa a transformação do mundo.

Foi o padre Rui Alberto quem, posteriormente, acentuou a urgência da aproximação em “tempos de crises”. Perante as crises atuais, são diversas as estratégias de superação dos problemas. Segundo o padre salesiano, uns procuram as soluções mais fáceis, outros desistem e ainda há aqueles que evitam apresentar as suas propostas por inibição ou respeito ao próximo. Todavia, é dever do cristão apresentar propostas, aproximar-se, ir ao encontro. A proposta cristã, no seu entender, assenta em três pilares: “a relação filial com Deus, a relação fraterna entre os pares e, por fim, a relação amistosa com a natureza e livre com as coisas”. Deus amou radicalmente e manifestou-se no Seu Filho, Jesus de Nazaré. Do mesmo modo, Jesus amou sem distinção. A sugestão que nos é feita é amar à semelhança de Jesus.

No final do encontro, saímos não com uma panóplia de receitas úteis para a convivência com os outros, mas antes com um novo desafio: assumir no nosso quotidiano, nas nossas obras, um novo modo de vida, exigente, enriquecedor e inquietante, ancorado no amor, na busca da transformação de quem o assume e de quem se deixa encontrar.

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