Texto: Ana e Nuno Gordalina
Vozes: Carla Pereira e Filipe Ferreira
Pós-Produção: José Simões
Pratica as Obras do Amor!
Introdução
Neste Domingo de Ramos, assistimos ao “rei” Jesus a interpelar os seus discípulos acerca do amor que partilharam com os irmãos, sobretudo com os pobres, os débeis, os desprotegidos. A questão é esta: o egoísmo, o fechamento em si próprio, a indiferença para com o irmão que sofre, não têm lugar no Reino de Deus. Quem insistir em conduzir a sua vida por esses critérios ficará à margem do Reino. Já não é suficiente não fazer o mal. É preciso fazer o bem pelo próximo!
Palavra de Deus
A parábola do juízo final, no evangelho de Mateus, começa com uma introdução que apresenta o quadro: o “Filho do Homem” sentado no seu trono, a separar as pessoas umas das outras “como o pastor separa as ovelhas dos cabritos”.
Vêm, depois, dois diálogos. Um, entre “o rei” e “as ovelhas” que estão à sua direita; outro, entre “o rei” e os “cabritos” que estão à sua esquerda. No primeiro diálogo, o “rei” acolhe as “ovelhas” e convida-as a tomar posse da herança do “Reino”; no segundo diálogo, o “rei” afasta os “cabritos” e impede-os de tomar posse da herança do Reino. Porquê? Qual é o critério que “o rei” utiliza para acolher uns e rejeitar outros? A questão decisiva parece ser, na perspetiva de Mateus, a atitude de amor ou de indiferença para com os irmãos mais pequenos de Jesus, que se encontram em situações dramáticas de necessidade – os que têm fome, os que têm sede, os peregrinos, os que não têm que vestir, os que estão doentes, os que estão na prisão… Jesus identifica-Se com os pequenos, os pobres, os débeis, os marginalizados; manifestar amor e solidariedade para com o pobre é fazê-lo ao próprio Jesus e comportar-se com egoísmo e indiferença para com o pobre é fazê-lo ao próprio Jesus. “Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes!”
Meditação
Tendo em conta a parábola do Evangelho, toma consciência do que te rodeia…
Este é o amor pelo próximo, que cada um deve manifestar sabendo que cada obra de caridade que fazemos é ao próprio Cristo que a fazemos.
Sou capaz de ver Jesus no próximo: no que tem fome ou passa sede, no estrangeiro, preso ou doente? Consigo olhar a vida com os olhos de Deus?
O critério de Deus é o amor concretizado em ações. Aqueles que não seguiram os seus ensinamentos e desprezaram os pobres, doentes, nus…, estarão destinados a viver longe de Deus e do Seu Amor. Aqueles, porém, que deram atenção às necessidades do seu próximo receberão a herança dos justos. Esta é uma vida eternamente perto de Deus, no paraíso, para o qual fomos criados. Obter a vida eterna é viver plenamente na perfeição da santidade.
E eu, estou disposto a percorrer o caminho da santidade, praticando as obras do amor? Que atitudes quero assumir na minha vida? E na minha comunidade?
Oração
Ó Jesus, Divino Modelo da Caridade, dá-nos aqueles puros sentimentos de amor ao próximo, de que nos deixaste tão admiráveis exemplos.
Fazei, Senhor, com que aprendamos a reconhecer-Te nos mais pequeninos, a fim de que nos comprometamos com o bem e sejamos vigilantes na oração e no amor.
Desafio
Nesta Semana Santa, que hoje começa, lançamos-te o desafio de te libertares do comodismo e do egoísmo e a dares ternura e reconforto aos “mais pequenos” até aqui ignorados e às vezes tão próximos (no teu trabalho, na tua comunidade ou até, quem sabe, na tua própria casa).
http://l-f.pt/podlec
Esquemas alternativos em texto: https://lectio.leiria-fatima.pt