Lectio divina para o 4º Domingo da Quaresma, Ano A

Servidores de todos

Servidores de todos

Acolhimento e saudação entre os participantes

1. Invocação do Espírito Santo/oração inicial

– Invoco a presença de Deus –

1.1. Cântico (à escolha, ver anexo)

1.2. Prece

Protege, Jesus, os que vivem em provação.
Protege os que não têm pão nem casa.
Protege os que não são amados nem acarinhados.
Protege ao marginalizados e os oprimidos.
Protege os pobres, os prófugos e os doentes.
Protege os que vivem sós, sem carinho e sem amor.
Protege as vítimas da violência e da injustiça.
Protege as crianças sem família e sem meios humanos.
Protege os que sofrem sem fé e não são amparados.
Protege aqueles que vivem tristes e são desprezados.
Protege as vítimas do desemprego e da fome.
Protege as vítimas da mentira e da calúnia.
Protege os que são desprezados pelas suas famílias.
Protege os que são traídos pelos seus amigos.

2. Leitura da Palavra

– Escuto e compreendo a Palavra que me é oferecida –

2.1. Leitura do Evangelho segundo São Marcos (Mc 9, 33-37)

33Jesus e os discípulos chegaram a Cafarnaúm  e, quando estavam em casa, Jesus perguntou:  «Que discutíeis pelo caminho?»  34Ficaram em silêncio porque, no caminho,  tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior.  35Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes:  «Se alguém quiser ser o primeiro,  há-de ser o último de todos e o servo de todos.»  36E, tomando um menino, colocou-o no meio deles, abraçou-o e disse-lhes:  37«Quem receber um destes meninos em meu nome  é a mim que recebe;  e quem me receber,  não me recebe a mim mas àquele que me enviou.»

Palavra da salvação.

2.2. Leitura pessoal

– Volto a ler, em silêncio: o que diz o texto? –

2.3. Notas para a compreensão do texto

Esta passagem inicia-se com uma pergunta de Jesus aos seus discípulos: “Que discutíeis pelo caminho?”. Jesus provavelmente já sabia qual tinha sido o tema da discussão, mas esperou pela altura certa – a tranquilidade da casa – e não quis deixar passar a oportunidade de ensinar os discípulos e de partilhar com eles a sua sabedoria.

A questão em causa era quem seria o maior, o mais importante. Os discípulos, uma vez que seguiam a mesma lógica e linha de pensamento das pessoas daquele tempo, levavam muito a sério os assuntos relacionados com as hierarquias e lugares de topo, assuntos estes que geravam algumas discussões entre eles. Apesar dos ensinamentos de Jesus, continuavam, muitas vezes a seguir as suas próprias ideias. No entanto, Jesus é frontal e direto, quando lhes diz que na sua comunidade não há lugares mais ou menos importantes. Deixa bem claro que só há uma forma de ser reconhecido e de se exercer autoridade, que é servindo discreta e humildemente, sem qualquer tipo de protagonismos. Na comunidade de Jesus, quem ocupa os primeiros lugares dispensa todos os sinais de ostentação e serve os mais frágeis e indefesos. Só é grande quem é capaz de servir o outro. Não há lugar para quem tem pretensões de poder e de grandeza.

Para fazer entender melhor este seu ensinamento, Jesus pega numa criança. Ao acolhê-la e abraçá-la, Jesus convida os discípulos a fazerem o mesmo com afeto aos mais pequenos. Ao praticarem esta ação, estão a acolher Jesus e também o Seu Pai.

Naquele tempo, as crianças representavam a debilidade e todos os grupos mais à margem e descriminados. Para Jesus, as pessoas débeis, pobres e marginalizadas eram as que mais precisavam de um abraço e de se sentirem acolhidas.

No contexto da conversa com os seus discípulos, o gesto de Jesus significa que só é grande quem abraça e acolhe aqueles que a sociedade afasta, os que não têm valor aos olhos do mundo. Só há lugar para aqueles que escutam os desafios de Deus e aceitam fazer da sua vida um serviço aos outros, principalmente àqueles que mais necessitam. É na prática destas atitudes e deste acolhimento que Jesus se torna presente.

3. Meditação pessoal

– Medito interiormente a Palavra acolhida: o que me diz o Senhor? –

«O que discutíeis no caminho?»

Pelos vistos havia controvérsia entre os discípulos, algo os apaixonava e gerava discórdia. É importante para nós cristãos partilharmos as nossas ideias e pontos de vista, comunicando e escutando-nos uns aos outros, como nos convida a fazer o caminho sinodal em curso.

  • Quais as questões e as preocupações que condicionam o meu caminho? O que discuto e questiono no meu percurso cristão e na comunidade?        

«Eles ficaram calados, pois tinham discutido uns com os outros no caminhosobre quem era o maior.»

Os discípulos ainda não tinham entendido bem o exemplo e os ensinamentos do Mestre. Prevaleciam as suas ambições e paixões humanas. Este é um alerta também para nós para discernirmos o que realmente nos move na vida pessoal e na participação eclesial.

  • Serei eu o maior? No meu dia a dia, que medidas utilizo para perceber quem é o maior? Quais os critérios que utilizo? Como devo julgar ou orientar as minhas ações?

«Se alguém quer ser o primeiro, será o último de todos e servidor de todos».

Para Jesus, sobe-se descendo, ou seja, através do amor e do serviço aos irmãos. É um estilo difícil de aceitar para quem não se deixar cativar pelo Evangelho de Jesus. Como Ele, também os seus discípulos assim devem viver e agir.

  • Serei eu capaz de ser o último? De acolher os pobres, os marginalizados, os que, de alguma forma, incomodam a vida dos outros?

«Aquele que acolher uma destas crianças em meu nome, é a mim que acolhe; e aquele que me acolher, não me acolhe a mim, mas àquele que me enviou».

Só pode acolher os pequenos, os humildes, os simples, os pobres quem se despoja de preconceitos e deixa entrar em si a bondade e a misericórdia de Jesus, que Ele oferece aos seus discípulos.

  • Terei eu a disponibilidade de fazer como Jesus me pede e acolher todas as “crianças” que vou encontrando pelo caminho? Serei capaz de criar com “elas” um laço de confiança e de apoio mútuo?

4. Partilha da Palavra

– Partilho com os outros o dom recebido: que posso oferecer-lhes? –

Comunico uma palavra ou frase que me interpelou. Posso também partilhar algo do que rezei na minha intimidade. Esta minha participação deve ser voluntária e breve.

5. Oração

– A partir do que escutei e vivi neste tempo, falo com o Senhor –

Faço uma oração espontânea a partir do texto lido ou da meditação feita.

Posso também fazer a oração proposta para este triénio pastoral ou a que se segue:

Senhor Jesus, que amaste sem medida
e deste a vida por nós;
Divino Bom Samaritano,
que nos mandaste amar à tua semelhança;
Jesus, de Coração aberto para acolher a todos,
sobretudo aos que sofrem provação,
ensina-nos a amar, a servir, a acolher,
a confortar todos os que sofrem,
dá-nos a alegria de repartir com quem tem fome e sede,
de dar agasalho a quem tem frio,
de dar amor a quem vive só e abandonado.
Dilata e rasga os nossos corações,
para amarmos mais e melhor,
para acolhermos quem precisa
e partilhar com eles os nossos bens.
Ajuda-nos a não sermos tão egoístas e comodistas,
mas servos humildes, sempre prontos a dar
e a dar-nos sem medida para ajudar os outros.
Ensina-nos que a santidade se mede pelo amor sincero,
ajuda-nos a ver que os outros precisam de nós e do nosso dom.

  • Compromisso

A que me convida, hoje, o Senhor? –

Faço um momento de silêncio e formulo um compromisso pessoal.

Posso também propor um gesto ou iniciativa comunitária.

Procurarei perceber de que forma poderei acolher e abraçar as “crianças” que se cruzam no meu caminho.

Cântico final (à escolha, ver anexo)

7. Em casa

– Levo para a vida a mensagem que acolhi –

No seguimento do encontro de grupo, procurarei dedicar algum tempo (15-20 minutos), num ou mais dias da semana, para retomar a meditação e contemplação da Palavra de Deus e nela encontrar a luz e a força de Deus para a sua vida no dia-a-dia.

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