Texto: P. Jorge Guarda
Vozes: Filipe Ferreira, Carla Pereira e Francisca Ferreira
A nossa esperança futura e presente
Introdução
No Evangelho deste domingo, quase no fim do ano litúrgico, Jesus fala do fim do mundo. Não nos quer atemorizar, mas anunciar a sua vinda futura e exortar a manter-nos vigilantes na fé e na esperança. Nele se fundamenta a nossa esperança futura e, pela comunhão com ele na Eucaristia, alimenta-se a esperança no presente.
Celebramos neste domingo o V Dia Mundial dos Pobres. Estes são, diz o Papa Francisco, “sacramento de Cristo, representam a sua pessoa e apontam para ele”. Com eles somos chamados a partilhar bens e a esperança.
Palavra de Deus
Vais agora escutar uma passagem do Evangelho segundo São Marcos (13, 24-32)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Naqueles dias, depois de uma grande aflição,
o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade;
as estrelas cairão do céu
e as forças que há nos céus serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens,
com grande poder e glória.
Ele mandará os Anjos,
para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais,
da extremidade da terra à extremidade do céu.
Aprendei a parábola da figueira:
quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas,
sabeis que o Verão está próximo.
Assim também, quando virdes acontecer estas coisas,
sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta.
Em verdade vos digo:
Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
Passará o céu e a terra,
mas as minhas palavras não passarão.
Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece:
nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai».
Meditação
“No trecho do Evangelho deste Domingo, diz o Papa Francisco, o Senhor quer instruir os seus discípulos sobre os acontecimentos futuros. Não é um discurso sobre o fim do mundo mas, ao contrário, o convite a viver bem o presente, a estarmos vigilantes e sempre prontos para quando formos chamados a prestar contas da nossa vida. (…)
Ninguém pode evitar este momento, nenhum de nós! Já não servirá a astúcia, que muitas vezes inserimos nos nossos comportamentos, para acreditar a imagem que queremos oferecer; do mesmo modo, já não poderá ser usado o poder do dinheiro e dos meios económicos, com os quais pretendemos, com presunção, comprar tudo e todos. Só disporemos daquilo que realizamos nesta vida, acreditando na sua Palavra: o tudo e o nada daquilo que vivemos ou que deixamos de fazer. Só levaremos connosco o que doarmos”.
Vivo no medo e na angústia perante as aflições do tempo presente ou na esperança do encontro final com Cristo, senhor da história e da minha vida?
A Palavra que escutamos e meditamos na Missa dominical e a prece “vinde, Senhor Jesus” animam a minha esperança de encontrar o Senhor nos caminhos da vida?
Participo na Eucaristia dominical para encontrar o Senhor, presente no meio de nós, que nos alimenta como “Pão da Vida”?
Reconheço a presença de Jesus nos pobres e vou ao seu encontro com misericórdia, como “porto que os acolhe” e os liberta das desventuras?
Oração
Jesus, Senhor da história,
ilumina com a tua palavra a nossa esperança na caminhada para pátria celeste,
não nos deixes dominar pelo medo nem pela angústia,
concede-nos viver confiantes no tempo presente,
a prestar atenção e ajuda aos pobres
e a partilhar com os outros a fé que nos anima.
Ámen.
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