Lectio divina para o 19º Domingo do Tempo Comum (Podcast)

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Texto: José Baptista, P.
Vozes: Marta Gameiro e Xavier Ferreira

JESUS PÃO DE DEUS QUE DÁ VIDA ETERNA

Lectio Divina para o Domingo XIX do Tempo Comum (Ano B), 8.08.2021

PODCAST

Introdução

Jesus apresenta-se como pão da vida, não alimento de vida terrena, mas alimento gerador de vida eterna. As palavras de Jesus são um apelo à fé e são também o anúncio da Eucaristia – sacramento em que Ele nos dá como Pão da vida o Seu próprio Corpo.

Palavra de Deus (Jo 6, 41-51)

Vamos escutar uma passagem do Evangelho segundo São João

Naquele tempo, os judeus murmuravam de Jesus, por Ele ter dito:
«Eu sou o pão que desceu do Céu».
E diziam: «Não é Ele Jesus, o filho de José?
Não conhecemos o seu pai e a sua mãe?
Como é que Ele diz agora: ‘Eu desci do Céu’?».
Jesus respondeu-lhes: «Não murmureis entre vós.
Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer;
e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia.
Está escrito no livro dos Profetas:
‘Serão todos instruídos por Deus’.
Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim.
Não porque alguém tenha visto o Pai;
só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo:
Quem acredita tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida.
No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram.
Mas este pão é o que desce do Céu,
para que não morra quem dele comer.
Eu sou o pão vivo que desceu do Céu.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
E o pão que Eu hei de dar é a minha carne,
que Eu darei pela vida do mundo».

Meditação

Eu sou o pão vivo que desceu do céu. 

Simplesmente absurdo. O auditório sabia muito bem quem era Jesus, o filho de José. Como pode conciliar-se esta sua origem humana com a afirmação de ser o pão que desceu do céu? 

A receção da vida já não está apenas vinculada ao facto de ir a Jesus e de acreditar nele. É preciso «comer» o pão. Ele e só ele – não o maná de Moisés – é o pão vivo que desceu do céu e que tem a capacidade de comunicar a vida eterna.

Os judeus murmuravam de Jesus.

Um mau julgamento, se transmitido, cria raízes incontroláveis. Dou origem ou alimento murmurações? Transmito o que ouvi, mesmo sabendo que é mentira, ou, sendo verdade, vai tirar a fama, o bom nome, de alguém?

Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer…

Jesus revela o Pai e a sua atração para ele. Sob a moção do Espírito, introduz-nos na comunhão de amor de Deus Trindade Santíssima. Na oração e na vida quotidiana, procuro a comunhão com o Pai que Jesus revelou, ou vejo Deus como eu queria que Ele fosse? 

– Quem comer deste pão viverá eternamente.

Na Missa, por nosso amor, o próprio Jesus, Filho de Deus, dá-se em alimento. A comunhão pressupõe disposição interior para o receber dignamente. Comungo quando me “sinto bem” e motivado, ou preparo-me interiormente, escutando a Palavra de Deus e procurando o sacramento da reconciliação?

Oração

Senhor Jesus, 
que nos destes a conhecer o Pai 
e nos alimentais com o vosso Corpo e Sangue,
concedei-nos a graça de vivermos 
a comunhão de vida plena convosco e com o Pai, 
na unidade do Espírito Santo.

Ámen

P. José Lopes Baptista

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