O grupo de jovens da paróquia da Barosa aceitou um desafio muito especial: dispensar alguns dias das férias de Natal num centro de assistência a pessoas com doença mental.
O destino escolhido foi a Casa de Saúde do Telhal, onde vivem mais de 450 pessoas com as mais variadas limitações. Além de conhecerem estas pessoas “não apenas nos seus limites, mas em tantas virtudes e capacidades que nos iam surpreendendo”, como relata o padre André Batista no blogue da paróquia, ajudaram a servir as refeições, passearam com eles, conversaram, jogaram e, sobretudo, deram-lhes “um pouco de atenção”.
“Foi precisamente esta relação que nos mostrou que a dignidade das pessoas não se mede pelo diagnóstico de um psiquiatra, mas simplesmente porque aquela pessoa é filha de Deus, dotada do maior dom que Deus ofereceu a cada ser humano: o dom de amar e sentir-se amado”, comenta o pároco, acrescentando que “estes homens sabem bem o que é amar, surpreendem-nos com gestos, palavras e atitudes que nos desarmam e que nos fazem sentir amados”.
A atividade foi partilhada com um grupo de jovens do Pré-Seminário de Leiria-Fátima, que também se encontrava a fazer voluntariado nesses dias. A jovem Mónica Costa, uma das participantes, testemunha que o inicial “sentimento de impotência e desespero” perante uma realidade difícil de encarar foi superada pela capacidade de “abrir o coração e deixá-los entrar”. No final, “o balanço não podia ser melhor”, pois “criámos laços de amizade e de carinho com aquelas pessoas e alguns de nós até nem se importavam de os trazer para casa, porque não foram apenas eles que foram cativados, também em nós e no nosso coração cresceu o espírito do amor e do serviço aos outros”.