Filhas e Filhos do Coração Imaculado de Maria

A Pia União das Filhas e Filhos do Coração Imaculado de Maria foi fundada pela irmã Maria Liliana (Luisa Toselli), em 1943, na Itália. Tudo começou com o convite do pároco da sua pequena aldeia a uma consagração ao apostolado e pastoral paroquial. A ela se foram juntando outras jovens que, três anos depois, foram convidadas pelo Bispo a trabalhar num campo de refugiados em Siracusa, na Sicília. Aí usaram, pela primeira vez, o hábito religioso.

 

Uma família nascida no apostolado paroquial rumo à missão

Com o decorrer dos anos, foram abrindo várias casas em Roma e no norte da Itália, sempre impelidas pelo espírito missionário de serem testemunhas de Deus no meio do povo. Em 1967, o Bispo de Baurú, no Brasil, convidou as irmãs a assumir a paróquia de Lucianópolis, que não tinha sacerdotes desde a sua fundação, e assim realizaram o grande sonho da missão.

No ano seguinte, a irmã Liliana funda na Itália um grupo de jovens para apoio à missão no Brasil, contagiando-os com o seu entusiasmo na formação espiritual. Essa foi a raiz para a concretização do sonho da irmã Liliana, uma família religiosa que reunisse as três vocações: religiosa, sacerdotal e leiga. Dois desses jovens iniciaram os estudos teológicos em Roma, preparando-se para o sacerdócio para a missão, iniciando também a vida comunitária junto com as irmãs e outros dois jovens leigos.

 

Espiritualidade, carisma e missão

A intensa vida espiritual proposta surge da resposta a um simples apelo de Deus: “Deixa que Eu aja em ti”, procurando atingir o ideal experimentado pelo Apostolo Paulo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim!” (Gal 2, 20). E a maior referência nessa resposta é Maria, que aderiu plenamente ao Espírito que nela gerou o Senhor.

Naquela primeira experiência comunitária, os seus membros descobriram a riqueza humana e espiritual da vida fraterna vivida na simplicidade, confidência recíproca e entrega confiante, com o estilo próprio de uma “família” que tem como modelo as relações propostas por Jesus: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que escutam a palavra de Deus e a praticam” (Lc 8, 21). Esse estilo de vida fraterna em comunhão é encarado como testemunho do que Deus pede ao mundo: “Nisto conhecerão que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13, 35). Um carisma que é a sua resposta a Deus e fundamento da sua dimensão missionária.

Assumindo o lema “Para a glória do Pai!”, a razão da consagração dos membros desta sociedade apostólica é viver e manifestar a glória de Deus, através da missão da evangelização e do testemunho da presença de Jesus no meio do mundo.

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A cada uma das vocações é confiada uma tarefa específica, conforme o seu carisma e respondendo ao contexto no qual desenvolve a atividade, colocando-nos ao serviço dos três pobres: o pobre Deus, servido na vida de oração; os pobres de Deus, servidos na ação evangelizadora e missionária; e os pobres carentes de bens materiais, no testemunho da caridade.

 

Em Fátima

A casa de Fátima surgiu como uma procura de proximidade a este local onde Nossa Senhora revelou de forma muito especial a devoção ao seu Imaculado Coração. Aqui passaram a desenvolver uma atividade com dimensão especificamente mariana, dedicando-se à oração de consolação a “Jesus escondido” e também ao acolhimento e acompanhamento dos peregrinos. O que lhes oferecem de específico é uma “experiência” de Deus, através do aprofundamento da espiritualidade da mensagem que Nossa Senhora deixou, mensagem que faz com que se redescubra a fé e a presença de Deus na simplicidade.

Atualmente, além da colaboração esporádica das irmãs na pastoral do Santuário, a casa de Fátima serve também de lugar de retiro e descanso para os membros da comunidade inteira, tanto da Itália como do Brasil.

 

Testemunho vocacional

“Não sabia que se recebe muito mais do que se dá”

2016-05-31 sopra3Nasci e cresci na Itália, no bairro onde a irmã Maria Liliana abriu uma casa, quando eu tinha 15 anos. Eu e a minha irmã gémea frequentávamos a paróquia e a casa das irmãs, onde integrámos um grupo missionário de jovens, com encontros semanais onde iniciámos um conhecimento profundo do Evangelho. O que nos entusiasmava era o entusiasmo com que a irmã falava da missão, mas sobretudo de Jesus. Participávamos também em encontros anuais com experiências de vida comunitária, o que me conquistou definitivamente, mas ainda sem pensar em vida religiosa, pois a irmã Liliana estava a abrir a comunidade também a leigos consagrados, mesmo casados, que quisessem servir a Deus. E era isso que eu queria: ter uma família, filhos, mas também servir a Deus. A minha irmã seguiu esse caminho, como leiga consagrada no instituto, casada e com duas filhas.

Mas parece que Deus tinha outros planos para mim. Eu gostava de ajudar quem precisava e queria muito ser missionaria. Via vários documentários de jovens que iam viver um ano em missão na África e esse era o meu sonho. Pensava que tinha muito para dar… não sabia que se recebe muito mais do que se dá.

Com 24 anos, não foi em África, mas no Brasil que entendi que era aquilo que eu queria. Senti que a minha pequenez, os meus limites, a minha fragilidade, a minha miséria foi “tocada” pela presença, a misericórdia e o amor de Deus, que não se importava com os meus erros e acertos, mas me queria para Ele, assim como eu era. Então, escrevi para a minha família a comunicar que ia ser religiosa e assim foi. Tinha saído da Itália como leiga, regressei dois anos depois como religiosa.

Fiquei ainda no Brasil cerca de 10 anos, até que a irmã Liliana me pediu para abrir uma casa em Fátima. Custou-me muito deixar o Brasil, mas eis que se realizava o meu segundo sonho: conhecer Fátima, o lugar onde Nossa Senhora tinha descido até nós. Com a minha mãe tinha aprendido uma relação simples e confiante com Nossa Senhora, que era para mim alguém que vivia ao meu lado, no dia a dia.

Ainda em criança, ficara também fascinada com a história dos três Pastorinhos. Assim, viver em Fátima foi redescobrir a fé através de Maria e do que ela transmitira a três simples crianças. Aqui redescobrimos o que significa ser filhos do Coração Imaculado de Maria, um coração que acolhe, ama sem reserva e sem pedir nada e nos convida a fazermos o mesmo com cada pessoa, cada peregrino que aqui chega. Acompanhar os peregrinos no conhecimento da mensagem e do carisma de Fátima significa fazer com que se descubram filhos, fazendo experiência de Deus através de Nossa Senhora.

Irmã Maria Glória

Números

No mundo

Casas: 8

Membros: 26

Em Portugal/Diocese:

Casas: 1

Membros: 3

Mais nova: 36

Mais velha: 62

Média etária: 50

Formação sobre administração de bens da Igreja
22 de Fevereiro
, às 14:30
Encontro Interdiocesano de Catequistas
1 de Março
ENDIAD – Encontro Diocesano de Adolescentes
8 de Março
, às 09:30
Peregrinação Diocesana a Fátima
5 de Abril
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