Esclarecimento sobre celebrações das exéquias em tempo de pandemia

As orientações dos bispos portugueses sobre este assunto e para este tempo de pandemia dizem: "As exéquias cristãs devem ser celebradas na igreja (com celebração da Palavra ou da Eucaristia) e/ou no cemitério com a presença dos familiares, tendo em conta as normas de segurança.
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“Mediante os ritos das exéquias, a santa Mãe Igreja não só encomenda a Deus os mortos, mas também reanima a esperança dos seus filhos e dá testemunho da sua fé na futura ressurreição com Cristo” (Celebração das Exéquias, decreto).

Tendo sido interpelados por causa da diversidade de práticas nas paróquias no que se refere às celebrações das exéquias, nomeadamente por nuns casos só se realizarem nos cemitérios e noutros haver a celebração também na igreja, achamos conveniente prestar o seguinte esclarecimento.

As orientações dos bispos portugueses sobre este assunto e para este tempo de pandemia dizem: “As exéquias cristãs devem ser celebradas na igreja (com celebração da Palavra ou da Eucaristia) e/ou no cemitério com a presença dos familiares, tendo em conta as normas de segurança. Apesar de tal ser difícil nestes momentos de dor, não deixe de se recomendar a omissão de gestos de afeto que impliquem contacto pessoal e a importância de se manter a distância de segurança.”

As normas das autoridades públicas exigem, na realização de funerais, a “adoção de medidas organizacionais que garantam a inexistência de aglomerados de pessoas e o controlo das distâncias de segurança” (Resolução do Conselho de Ministros nº 70-A/2020, art. 14º).

Assim, no cumprimento destas normas e das orientações mencionadas, cabe a cada pároco avaliar o que pode e deve fazer nas circunstâncias concretas dos lugares e adotar os procedimentos necessários para evitar riscos de contágios, não apenas na igreja, mas também no cortejo fúnebre para o cemitério. Enquanto para a Missa aos domingos, a paróquia deve ter organizada uma equipa de pessoas para fazer o acolhimento, garantir o cumprimento das normas de segurança sanitária e fazer a higienização das mãos e da igreja, nos funerais, pode não haver disponibilidade de pessoas para tais serviços. Daí que possa haver práticas diferentes de paróquia para paróquia.

Já aconteceu, numa ou outra paróquia, ter-se recomeçado a celebrar as exéquias na igreja, mas, por causa do comportamento de algumas pessoas, sem os devidos cuidados de distanciamento social, e não sendo possível garantir que isso não aconteça, teve que se voltar atrás, fazendo os funerais somente no cemitério.

Peço aos sacerdotes que, pelos meios possíveis, esclareçam os agentes funerários e os fiéis sobre o procedimento adotado na respetiva paróquia e a justificação do mesmo, tendo em conta a necessária garantia das condições de segurança sanitária.

Aos familiares dos defuntos ouso pedir a compreensão para as atuais limitações e diversidade de procedimentos, pelas razões indicadas. Em diálogo com os sacerdotes, encontrem outros momentos para fazer memória e poder celebrar-se a Missa pelos seus entes queridos e para conforto dos familiares.

Refª: CE2020A-018

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Captura de ecrã 2024-04-17, às 12.19.04

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