Dia de júbilo para a Igreja diocesana

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Com o encerramento do Ano da Fé e uma ordenação diaconal, o domingo de Cristo Rei, a fechar este ano litúrgico, no passado dia 24, foi de “particular alegria e júbilo para a nossa Igreja diocesana”.

Assim o considerou D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, na celebração a que presidiu na Catedral, onde esta solenidade foi “enriquecida pela conclusão do Ano da Fé e pela graça de uma ordenação diaconal”.

Cerca de seis centenas de fiéis enchiam a Sé, entre eles várias dezenas de padres, numa manifestação de gratidão a Deus pelo dom que foi este Ano da Fé para toda a Igreja. E também pelo novo diácono, o jovem Fábio Bernardino, a primeira Ordenação nesta diocese, desde novembro de 2011.

Partindo do Evangelho do dia, o Bispo diocesano começou por sublinhar, na sua homilia, a importância de “contemplar a cena da cruz para entrarmos no mistério da revelação de Deus e no coração da fé”. Considerando que o “bom ladrão é o nosso catequista”, D. António frisou que a beleza da fé cristã reside na “experiência de um amor recebido” e na sua comunicação como “graça, misericórdia, beleza e alegria que transforma os corações, a vida e o mundo”. Daí a importância do Ano da Fé, que nesta data se concluía. Embora sem pretender “fazer um balanço”, o Pastor recordou algumas iniciativas mais significativas para a formação e vida espiritual dos fiéis e desejou que “se possam prolongar no tempo os seus efeitos positivos, visto que a fé é um caminho que continua toda a vida”.

Nesse sentido, lançou algumas perguntas, em jeito de desafio, sobre o modo como vivemos a fé: se é “experiência gozosa do encontro com Cristo”, se é vivida com confiança “como uma graça, com alegria, com empenho”, ou se é “um fardo, uma fé rotineira e bafienta, sem sentido”. E ainda sobre o modo como é partilhada na comunidade cristã, como tem pedido o Papa Francisco: “Irradio o testemunho duma fé que dá luz e calor no mundo em que vivo? Conseguimos ver nas periferias existenciais a necessidade de fé, de amor e de misericórdia?”.

 

Família, berço da fé e da vocação

Apontando ao tema pastoral para este ano, o Bispo referiu, depois, que “o primeiro âmbito a ser iluminado é a família, como berço da fé e do amor”. Sendo a família “o património mais belo e valioso da humanidade”, como têm afirmado vários Papas, o segredo da sua valorização reside na “presença de Jesus na família”. D. António apelou, então, às famílias presentes:  “vivei e guardai a alegria e a beleza da fé que tornará fecundo e belo o vosso amor!”. E deixou-lhes também algumas perguntas: “Como vai a vossa fé em família? Jesus está verdadeiramente presente e reina no meio da vossa família? Cultivais os laços do amor familiar segundo o evangelho?”.

A última referência foi para o novo diácono, que considerou “uma carícia do amor de Deus, neste ano da fé,  pela nossa Igreja diocesana que está a atravessar um momento árido de vocações ao sacerdócio”. A esse propósito, o Bispo de Leiria-Fátima lembrou que “as vocações são dom de Deus, mas precisam de um terreno propício para desabrocharem e florescerem: as famílias e comunidades de  fé viva, alegre, orante e contagiante”. Dando como exemplo a vocação do Fábio, que “germinou no ambiente da fé simples dos seus pais e avós” e que amadureceu nos seminários e comunidades por onde passou, o Pastor frisou que “é precisa a coragem e a força da fé para tomar esta opção de entrega total ao Senhor para o serviço do seu Povo”.

 

Diaconia é serviço

Ao Fábio dirigiu, por fim, algumas palavras de estímulo e confiança, referindo que “a ordenação de diácono imprime em ti o selo, a marca indelével do serviço à comunidade cristã em comunhão com o Bispo e o presbitério” e que “o primeiro serviço a prestar é ao dom da fé que atua pela caridade: ser servidor do dom da fé aos irmãos através da Palavra, do testemunho de fé viva, do serviço humilde da caridade, que levem ao encontro com o Senhor”.

“Este serviço é belo, é um bem para todos!” concluiu D. António, voltando a deixar à assembleia o desafio à meditação: “Sentimos o problema da falta de vocações como nosso? Rezamos pelo dom das vocações nas nossas comunidades? Apoiamos e estimulamos os que manifestam os gérmenes da vocação?”.

A calorosa salva de palmas que irrompeu pela Sé, no final da Missa, foi de alegria e parabéns pela resposta do Fábio. Espera-se que seja, também, sinal da aceitação do repto do Bispo diocesano à resposta de cada uma das pessoas e das famílias desta Igreja particular de Leiria-Fátima.

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