A poucos dias da peregrinação internacional aniversária de outubro, D. Filipe Néri Ferrão, que preside às celebrações, antecipa, em entrevista, a mensagem e as intenções de oração que pretende trazer a Fátima, naquela que será a sua segunda vinda a este santuário.
O arcebispo de Goa e Damão vê o convite do bispo de Leiria-Fátima para presidir à peregrinação como uma“oportunidade de poder ir prestar, em público, homenagem pessoal à Virgem de Fátima”, que venera “desde pequenino”.
Em declarações à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima (SISF), o Primaz das Índias sublinhou a intemporalidade e universalidade da mensagem que transmitirá em Fátima aos peregrinos: “A minha mensagem não é nova. É a eloquente e mui típica mensagem de Maria para a humanidade de todos os tempos: Fazei tudo o que Ele, o meu Filho, disser. Tal como Ela fez”.
Interrogado sobre a perseguição às minorias religiosas no Médio Oriente e em África, D. Filipe Néri Ferrão é assertivo: “É extremamente doloroso observar a intensidade e a insensatez da violência que está assolando populações inteiras, perseguidas e dizimadas em nome da religião”.
Para a Índia, o presidente da peregrinação pedirá uma Igreja capaz de se tornar “evangelizadora, irradiando Cristo e compartilhando-O com os outros povos do Oriente”, que possa “também contribuir para a reevangelização do Ocidente, e assim poder restituir-lhe a grande dádiva que dele recebeu: a fé cristã”. Num país em que o Catolicismo é uma minoria religiosa, ainda que os católicos sejam 20 milhões, o arcebispo de Goa e Damão descreve a Índia como uma zona do Mundo em que a religião católica floresce.
D. Filipe Néri António Sebastião do Rosário Ferrão, de 61 anos, é natural de Goa e arcebispo de Goa e Damão e Primaz da Índia.