D. António Marto presidiu à Missa de fim de ano em Fátima

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A Maria, “que é a Mãe da Misericórdia encarnada, confiamos sobretudo as situações dramáticas do mundo em que somente a graça do Senhor pode trazer a paz, o conforto e a justiça”. Assim terminou a homilia de D. António Marto, na Eucaristia de fim de ano de 2015, na Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima.

O bispo de Leiria-Fátima teve presente sobretudo três momentos que considerou “de maior importância” para a Igreja diocesana e universal: a família, a misericórdia e o centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima aos Pastorinhos.

Sobre a família, D. António sublinhou “a conclusão do biénio dedicado à pastoral familiar”, onde a Igreja e a sociedade são chamados à “descoberta da beleza do matrimónio e da família à luz do Evangelho, da grandeza desta realidade humana tão simples e tão rica, feita de alegrias e de esperanças, de fadigas e de sofrimentos como toda a vida, mas indispensável para a vida de cada pessoa e da sociedade, para o futuro da humanidade. De facto, a família lança as sementes de tudo. Todavia, precisa do apoio da Igreja e da sociedade para realizar a sua vocação e missão”. Referiu também as palavras de Paulo VI: “«É infeliz uma sociedade que não honra a instituição familiar; em pouco tempo tornar-se-á um conjunto de indivíduos desenraizados e anónimos», individualistas e indiferentes. A sociedade precisa de uma grande dose de espírito familiar para a sua coesão”.

Quanto à misericórdia, nas palavras de D. António Marto: “Nós vivemos num mundo ferido, cheio de feridas na vida pessoal, familiar e social, e, ao mesmo tempo, cínico em virtude da globalização da indiferença, do individualismo mais radical e da cultura do descartável. Um mundo assim tem necessidade de uma cura de misericórdia: da misericórdia de Deus sempre pronto a acolher-nos, a perdoar-nos, a curar as feridas, a levantar-nos das quedas, a oferecer-nos a graça da conversão; e também é preciso uma vida de misericórdia aberta às necessidades dos outros. De contrário, torna-se um mundo árido, inóspito, inumano, violento. A própria Igreja vive da misericórdia e é chamada a deixar-se transformar por ela para ser oásis de misericórdia.”

O terceiro ponto abordado pelo Bispo diocesano foi o Ano Jubilar Centenário das Aparições, focando a alegria e a responsabilidade que significam a vontade do Papa Francisco de estar presente nos dia dias 12 e 13 de maio de 2017. “Para este efeito escrevi uma carta pastoral sobre «Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia», a fim de iluminar o percurso pastoral da diocese nos próximos dois anos. No primeiro ano procuramos contemplar Maria na história da salvação e do povo de Deus sob o lema «Feliz de ti que acreditaste»; no segundo ano aprofundamos a atualidade da mensagem de Fátima sob o lema «O meu Coração Imaculado conduzir-vos-á até Deus». Tenho esperança de que o Centenário das Aparições seja um verdadeiro acontecimento de graça e de renovação espiritual para o nosso povo cristão. A visita da Imagem Peregrina, que tem suscitado tão grande entusiasmo, é já um contributo para essa desejada renovação”.

D. António terminou com o apelo a que “confiemos em Maria, ela que é feliz porque acreditou: No final do ano, sentimos a necessidade de invocar de modo especial a intercessão materna de Maria Santíssima. A Ela, que é a Mãe da Misericórdia encarnada, confiamos sobretudo as situações dramáticas do mundo em que somente a graça do Senhor pode trazer a paz, o conforto e a justiça”.

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