O sábado, dia 30 de novembro, começou cedo para os 20 jovens da diocese de Leiria-Fátima que aceitaram o desafio do Serviço Diocesano de Pastoral Juvenil (SDPJ) de ser pastorinhos por um dia, em mais um Cuméquié?.
Com a meteorologia a ameaçar chuva, o SDPJ preparou 3 planos alternativos para que o desafio de viver como pastorinhos fosse cumprido, dentro dos possíveis, à semelhança da vida dos Pastorinhos de Fátima, há 100 anos.
A aventura começou, já na Serra de Santo António, na Serra de Aire e Candeeiros, com a companhia da irmã Bernardete, da Aliança de Santa Maria, que apresentou os três Pastorinhos, numa tentativa bem conseguida de os trazer para o século XXI, através das suas redes sociais: a foto de perfil de cada um deles e as frases que colocariam na descrição das suas fotografias, entre histórias e memórias que foi dando a conhecer a cada nova frase.
O mote foi dado a partir das palavras da irmã Bernardete, que falou da amizade vivida entre os três e, mais do que isso, com Nosso Senhor, com cumplicidade, amor e entrega, e essa foi a oportunidade para cada um dos presentes aprender os nomes dos outros e de se formarem as 3 equipas que foram precisas para os desafios que a tarde previa.
Depois de almoço, e com o sol a espreitar por entre nuvens cinzentas, mas sem chuva à vista, o plano A do Cuméquié colocou as equipas Jacinta, Francisco e Lúcia a caminho por estradas de terra batida com poças de lama, entre as ovelhas e as vacas, rodeadas por oliveiras e muros de pedra.
As três equipas separaram-se por três rotas diferentes, e foram recebendo indicações para poderem viver o caminho como os Pastorinhos quando levavam as ovelhas a pastar. Através do WhatsApp, qual pastorinhos do século XXI, as indicações eram-lhes dirigidas de formas diferentes: a equipa Jacinta, tomando Jacinta como a boa ouvinte, que gostava de ouvir Nossa Senhora falar, mas que se limitava a ouvir, recebeu os desafios através de mensagens de áudio; a equipa Francisco, cujo patrono não conseguia ouvir Nossa Senhora e apenas a via, teve de descodificar as mensagens que lhe chegavam através de emojis (pictogramas utilizados no envio de mensagens); e a equipa Lúcia, que escreveu todas as suas Memórias, recebeu os desafios por mensagens escritas.
Durante o caminho, estes pastorinhos puderam experimentar, através de várias dinâmicas, o dia-a-dia dos Pastorinhos de Fátima: os sacrifícios a que se propunham, a oração do Terço, os jogos que faziam (nomeadamente, o fito e o jogo do botão) e, ainda, refletir sobre as dificuldades e a importância de se guardarem coisas importantes só para nós e para quem nós confiamos, como os Pastorinhos fizeram com o que Nossa Senhora lhes foi contando.
Terminado o caminho, com os últimos metros já debaixo de chuva para algumas equipas, foi tempo de parar, silenciar e acalmar o coração. E, numa reflexão conjunta do caminho que trouxe ali aqueles 20 jovens, rezar, perante Jesus Escondido no Santíssimo Sacramento, de pé, de joelhos e sentados. A missão, a partir dali, é que a vida dos três Pastorinhos continue a ser inspiração para a vida de cada um: Jacinta, na sua generosidade e capacidade de partilhar os bens materiais e os bens espirituais, Francisco e o seu espírito missionário contemplativo, sempre capaz de ver a beleza nas pequenas coisas, sempre alegre e confiante, e Lúcia, que com os seus escritos, assumiu e cumpriu a missão de dar a conhecer Nossa Senhora.
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