Sob a presidência do bispo diocesano, D. António Marto, reuniu-se, no passado dia 15 de novembro, o Conselho Presbiteral da Diocese de Leiria-Fátima. A avaliação do Ano Santo da Misericórdia e o desafio das dificuldades no dia a dia do presbítero foram os temas principais.
Sobre o Ano Santo da Misericórdia, os padres mencionaram as principais atividades realizadas ao longo do último ano. Destacam-se as peregrinações à Sé de Leiria ou ao Santuário de Fátima, passando pela porta santa, as ações de sensibilização e de formação sobre a misericórdia. Sobre a prática da misericórdia e serviços que a exprimem, foram mencionadas a celebração do perdão, o atendimento e ajuda a pessoas carenciadas ou com problemas, o projeto para apoio às grávidas com falta de meios económicos e outras dificuldades, o esclarecimento a pessoas com dúvidas sobre a validade do seu matrimónio, a proximidade em relação a mulheres envolvidas na prostituição para lhes dar ajuda.
Como o comum das pessoas, também os padres enfrentam dificuldades, ao nível pessoal e pastoral. Perante elas, considerou-se que o desafio é manter uma vida espiritual ordenada e fazê-la crescer, saber equilibrar as várias vertentes da própria vida, cultivar amizades, procurar colaboradores e confiar neles. Foi adiantada a sugestão de se fazer um inquérito a cada um dos padres sobre esta questão, conduzido pelo Serviço de Apoio ao Clero.
No período de informações, sobre o programa do centenário das Aparições, o reitor do Santuário de Fátima afirmou que as peregrinações jubilares serão a sua grande marca celebrativa, revelando que estão previstas peregrinações jubilares de alguns países como a Polónia, a Eslováquia e o Luxemburgo. A este propósito, surgiu a ideia de a Diocese de Leiria-Fátima, após as peregrinações vicariais, fazer também a sua, no dia da Igreja Diocesana, em outubro.
Nas intervenções, no início e na conclusão dos trabalhos, D. António Marto referiu que o crescimento e a renovação da Igreja faz-se a partir de Deus e da relação íntima com Ele, especialmente através da escuta da palavra de Deus, da vida no Espírito com os seus frutos e da misericórdia, que inclui perdão, reconciliação, correção fraterna e cura das feridas. Considerou que, na avaliação do Ano da Misericórdia, ficámos a saber que temos pouca ousadia, mas, por outro lado, sabemos que muitas boas ações fazem-se sem dar nas vistas e sem publicidade, ficam no silêncio. E concluiu apelando à responsabilidade de todos no cuidado de si próprios e na atenção e ajuda aos outros: “Precisamos de viver da misericórdia”, afirmou.