Comunicadores da Igreja precisam de “testemunhar a vida”

Cerca de duas dezenas de pessoas participaram no encontro organizado pelo jornal Presente, no passado dia 21, para promover o convívio e o trabalho em rede entre os colaboradores da área da comunicação na Diocese de Leiria-Fátima.

Vieram de várias paróquias, serviços e movimentos da Diocese de Leiria-Fátima. Uns estão ligados a órgãos de comunicação social especializados no religioso, outros colaboram em jornais e boletins, páginas de internet, blogues ou perfis de facebook das respectivas comunidades ou grupos. Uns são jornalistas ou profissionais dos media, outros são voluntários nesta área da comunicação. Uns estão há vários anos a prestar este serviço, outros começam agora a dar os primeiros passos. Em comum, a vontade de darem o seu melhor por esta forma de evangelização e descobrirem em comum as formas de o fazerem com mais qualidade e eficácia. No encontro que decorreu no passado dia 21 de novembro, a todos o Bispo diocesano, D. António Marto, saudou com uma nota de gratidão “pelo trabalho precioso que oferecem à Igreja”.

Destinado aos colaboradores da área da comunicação na Diocese de Leiria-Fátima, esta segunda edição do encontro recebeu como mote “Lançar de novo a(s) rede(s)” e visou retomar a reflexão sobre as possibilidades de trabalho em rede, bem como cimentar algumas iniciativas iniciadas no ano passado.

Abrir horizontes de esperança

Na abertura do encontro, D. António Marto sublinhou a importância da comunicação social para “abrir horizontes” e “testemunhar a vida e vitalidade das comunidades”, cabendo-lhe um papel na evangelização como promotora do “rosto de comunhão fraterna da Igreja”. Afirmando que “não podemos fechar-nos no nosso quintal, mas criar pontes de comunhão na comunidade e entre comunidades”, o Bispo diocesano defendeu que “os comunicadores cristãos devem, sobretudo, mostrar testemunhos de vida e de esperança sobre o mundo em que vivemos, não ficando no negativo e no doentio, num diálogo entre a Igreja e a sociedade que seja promotor da paz”.

Pediu, por fim, um cada vez maior profissionalismo e formação permanente, que permitam o uso proveitoso dos novos meios e linguagens da comunicação, bem como “um trabalho em rede que enriquece e é estímulo para todos”.

Ser sinal e testemunho

O investigador Pedro Jerónimo, doutorado na área do ciberjornalismo que se apresenta como “curioso dos media”, foi convidado a partilhar com os presentes alguns frutos do seu trabalho nesta área. Falando como “leigo e pai de família”, centrou a sua apresentação na exigência e potencialidades dos novos media digitais, que alteraram os modelos de socialização e os hábitos de relação familiar. Nessa linha, deixou o repto a uma reflexão conjunta pela Pastoral Familiar e a Pastoral da Comunicação Social sobre a forma de responder aos desafios que os novos paradigmas da comunicação colocam à Igreja, à sociedade e, em especial, às famílias.

“Evangelizar é comunicar, ser sinal”, referiu o investigador, apontando o tema do encontro como convite permanente a “relançar as redes porque Cristo isso nos pede”. Nesse campo, apontou como fundamental “o testemunho em família e de cada cristão nas redes digitais onde está presente”. Contrariando a atual lógica da “reação sem reflexão” e do “dar primeiro a informação e só depois certificar”, os media da Igreja devem trabalhar preferencialmente na “procura da verdade” e na “oferta de tempo e espaço para a reflexão, para dar o que outros não dão” e, sobretudo, “para certificar o que se diz com testemunhos e exemplos de vida”, explicando de forma clara e concreta os conteúdos e valores que se anunciam.

Outro aspecto defendido por Pedro Jerónimo foi a necessidade do trabalho em rede pelos meios da Igreja, “a maior rede de comunicação nacional”, pois será mais fácil em conjunto atingir metas de maior profissionalismo e qualidade.

Colaboração ativa

Os presentes neste encontro manifestaram o seu desejo de aprofundar o conhecimento mútuo, a formação profissional e as iniciativas que ajudem a um trabalho comum. Foi decidido, nesse sentido, avançar com um curso de formação a realizar de forma descentralizada, conforme os pedidos que surjam nas comunidades, com áreas que vão desde os princípios básicos de elaboração de textos e imagens, até ao uso de novas ferramentas e linguagens jornalísticas.

Também no sentido de uma colaboração ativa, foi considerado importante repetir-se a experiência de uma presença conjunta dos media da Diocese na Feira de Maio, em Leiria, como forma de mostrar o seu trabalho a um público mais vasto e dar o referido testemunho de comunhão e de presença no mundo, ao qual se dirige, em última instância, a sua ação de comunicação e evangelização.

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