No dia 8 de Novembro, o Colégio de Nossa Senhora de Fátima viveu o momento culminante da celebração dos 90 anos da sua fundação, com a celebração da Eucaristia do louvor e do agradecimento, na Sé de Leiria, presidida pelo Bispo diocesano, D. António Marto.
Foi este um ano forte de memórias e de emoções. Evocámos as maravilhas que Deus realizou por aqueles e aquelas que, nestes 90 anos, foram construindo esta escola: uma longa cadeia de vidas que passaram, numa enorme doação, oferecendo o seu dinamismo, o seu entusiasmo, a sua alegria, deixando gravados os passos, na consecução de um ideal educativo iluminado pela fé.
Nasceu o nosso Colégio em 1924, muito pequenino e frágil, apenas com três irmãs e três alunas. Por todo o País, caía o nevoeiro de uma educação escolar e de um ensino banalizado, na indiferença do governo e dos cidadãos. Viviam-se, ainda, as consequências da República, que perseguira as congregações religiosas do País e fechara todas as escolas de prestígio. Os colégios de Teresa de Saldanha não foram exceção e, por isso, todos eles, nomeadamente, o de Benfica, “a menina dos seus olhos”, foram encerrados compulsivamente. O padre Lacerda, diretor do jornal “O Mensageiro”, em 11 de Novembro de 1924, lançava as mais acerbas críticas sobre a situação do ensino e lamentava que, na Escola de Santo Estêvão, houvesse apenas sete alunos, oito professores e cinco funcionários… O senhor D. José Alves Correia da Silva, bispo da diocese restaurada, pediu às Irmãs Dominicanas para criarem uma escola católica em Leiria.
Nasceu o nosso Colégio, muito pequenino. No entanto, ele é hoje uma grande árvore que, à semelhança do grão de mostarda do Evangelho, cresceu e se tornou frondosa, à sombra da qual se acolheram e cresceram, nos valores humanos e cristãos, gerações de crianças e adolescentes. Foi-se aperfeiçoando, seguindo a pedagogia do amor proposta por Teresa de Saldanha: educar o espírito, o coração e a inteligência, numa relação próxima, afetiva e confiante, era o desafio pedagógico que propunha.