Chegada da Luz de Belém à nossa Diocese: para levar Jesus aos que mais precisam

Se há um ano, esta mesma iniciativa organizada pela Região Escutista de Leiria-Fátima e pela Cáritas Diocesano de Leiria, esteve aberta para poucas dezenas de pessoas que representavam os agrupamentos e paróquia da Diocese devido às restrições sanitárias, este ano, a moldura humana já esteve bem mais composta.
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No dia 13 de dezembro, a Sé de Leiria voltou a receber a celebração da partilha da Luz da Paz de Belém. Se há um ano, esta mesma iniciativa organizada pela Região Escutista de Leiria-Fátima e pela Cáritas Diocesano de Leiria, esteve aberta para poucas dezenas de pessoas que representavam os agrupamentos e paróquia da Diocese devido às restrições sanitárias, este ano, a moldura humana já esteve bem mais composta.

Muitos dos presentes já nem se lembravam bem de como se fazia a celebração. Não admira, pois, que vendo a Sé às escuras, muitos se interrogassem da razão de não acenderem as luzes. O ambiente era de penumbra, e foi nesse cenário que se deu início à cerimónia, com a habitual nota histórica sobre a origem da Luz da Paz de Belém em que alguém explicou que “desde 1989, a televisão pública austríaca em conjunto com escuteiros e guias austríacos elegem uma criança, escolhida pela inocência e pureza que transmite, que se desloca até à gruta de Belém e recolhe a chama que será transportada até Viena, na Áustria, onde se realiza uma cerimónia de intenso simbolismo em que a chama é partilhada com delegações de Escuteiros e Guias de vários países”. De candeia em candeia esta chama que foi acesa em Belém, na Terra Santa, e que já percorreu cerca de 6000 quilómetros sem nunca se apagar, chegou a Portugal e, a partir da diocese de Setúbal foi distribuída para todo o país.

No momento que se seguiu, os presentes foram acender as luminárias que trouxeram de casa. São eles que irão servir de mensageiros e manter a chama acesa para que chegue às paróquias de cada um. Nos próximos dias, por todo o território diocesano, irão realizar-se dezenas de celebrações congéneres para fazer chegar a chama ao máximo de lares possíveis.

Lido o Evangelho, o cardeal D. António Marto, que presidiu à celebração, fez uma breve reflexão sobre o momento e o simbolismo da chama.

O Bispo referiu os três momentos principais que ocorreram na celebração. Desde logo, a entrada “com a Sé em escuridão, simbolizando as trevas do mundo”. Essas trevas significam os “obstáculos, perigos e ameaças que pairam sobre a vida dos homens e do mundo, onde há solidão, abandono e indiferença, onde há divisões, silêncio e injustiça, miséria e fome”. O segundo momento referido foi a entrada da luz “que dissipa as trevas e vence o poder das trevas, a luz de Cristo, a luz que é Cristo”. A presença da luz é para D. António Marto a presença do próprio Cristo: “d’Ele irradia o calor, o amor, e a paz nos corações, d’Ele irradia a fraternidade a comunhão entre irmãos, a partilha e solidariedade, d’Ele irradia a paz e alegria de nos sentirmos todos irmãos e irmãs. O terceiro momento é a partilha a luz que “é-nos dada como um dom para nós partilharmos e levarmos a todos aqueles que encontrarmos, para nossa casa, para a nossa família, para a nossa escola, para os nossos agrupamentos, para as nossas comunidades paroquiais”. O prelado exortou os presentes a que, “através do nosso rosto, Jesus faça chegar o seu sorriso às crianças, sobretudo às mais abandonadas e que sofrem violência ou fome ou miséria; que através das nossas mãos, Jesus faça chegar o pão aos que passam fome e cuidado aos abandonados e aos doentes; que através da nossa companhia Jesus esteja próximo das pessoas idosos, de quantos vivem sozinhos”.

Intervenções da Cáritas e da Região Escutista

José Marques, presidente da Cáritas Diocesana de Leiria também teve a oportunidade de dizer umas palavras e falar sobre a atividade da instituição a que preside.

“Uma vez mais a Cáritas tem entre nós a Campanha “10 milhões de estrelas um gesto pela Paz”, disse, explicando que “esta campanha é também uma forma de contribuir na ajuda aos mais carenciados à qual a Cáritas se compromete a distribuir. Sendo 65% para Cáritas Diocesana, e 35% para os países Lusófonos na ajuda às populações vítimas das condições climatéricas”.

José Marques disse ainda que “o desafio para cada um de nós nesta noite é, que sejamos portadores desta luz, e arautos desta maravilhosa notícia a todos aqueles que andam perdidos, e o seu coração não sente o calor do amor e da fraternidade.”

A última intervenção da noite couve ao presidente da Região Escutista de Leiria-Fátima, Vítor Faria.

O dirigente partiu do texto do Evangelho que foi lido no dia anterior e da pergunta que era feita a Jesus: que devemos fazer? A partir dessa interrogação, deixou um desafio aos presentes: “vamos ser um pouco como João Batista, portadores de uma Boa Nova, Mensageiros de uma Luz que foi acesa em Belém, e que já percorreu um total de 5600 quilómetros sem nunca se apagar, que chega finalmente à nossa Diocese, e que, de candeia em candeia, iremos fazer chegar aos nossos agrupamentos, às nossas famílias, à nossa comunidade”. Também para Vítor Faria “esta Luz pode dar conforto àqueles que perderam a esperança e a alegria, nunca esquecendo que todos nós somos, como João Baptista, chamados a apontar para a Luz que excede todas as expetativas”.

Reflexão e intervenções:
http://l-f.pt/dedC

Galeria fotográfica:
http://l-f.pt/RefA

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