No passado dia 3 de fevereiro, cerca de 100 catequistas, pais e outros educadores participaram num encontro promovido pelos serviços de catequese da vigararia da Batalha, no salão paroquial do Juncal.
Foi convidada Elsa Rodrigues, especialista em psicologia clínica e da saúde, para abordar o tema “Descodificar comportamentos” e aprofundar o papel da catequese no desenvolvimento da criança e do adolescente.
De uma forma agradável e por vezes brincalhona, a oradora foi ajudando a perceber o que está por detrás dos comportamentos dos educandos e das atitudes a tomar. Vincou que educar é pôr a caminho e citou o Papa Bento VI, que escreveu: “Educar significa conduzir para fora de si mesmo, ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa”. Por isso, todo o educador deverá perceber que educar é colaborar no projecto de vida, ajudando a descobrir a dimensão física, psíquica, intelectual e espiritual do educando, quer seja na infância, adolescência ou juventude.
É normal as crianças porem os pais à prova, para saberem até onde podem ir. A este propósito, Elsa Rodrigues alertou para o perigo de poderem confundir o amor incondicional dos pais com a submissão destes a tudo o que elas desejem. O mimo nunca é demais, mas são necessárias regras, pois a falta de definição e imposição de limites por parte dos pais pode levar ao “síndroma de imperador”. E comentava: “Não temos crianças hiperativas, temos é pais hiper-passivos”.
O modo mais adequado para fazer caminho com o educando é deixá-lo falar, tentar perceber o que ele pretende. Conter os nervos ou a raiva e escutar mais do que falar foi o conselho deixado à assembleia, sublinhando que isso “envolve treino, paciência e tempo da parte do educador”.
Após um período de perguntas e respostas, seguiu-se um animado convívio com café da avó e variados acepipes, trazidos pelos participantes.
Américo Sabino (colaboração)