Cardeal D. António Marto pede que “que ninguém seja suprimido à vida sob pretexto de aliviar a dor”

Bispo de Leiria-Fátima presidiu à eucaristia da Festa Litúrgica dos Santos Francisco e Jacinta Marto na Basílica da Santíssima Trindade

Bispo de Leiria-Fátima presidiu à eucaristia da Festa Litúrgica dos Santos Francisco e Jacinta Marto na Basílica da Santíssima Trindade  

A Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima, acolheu esta manhã a eucaristia da Festa Litúrgica dos Santos Francisco e Jacinta Marto, presidida pelo Cardeal D. António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima, que confessou ter o “Coração em Festa” por esta tão “bonita” efeméride.

“O testemunho de vida destes dois santos Pastorinhos é o melhor comentário vivo do evangelho hoje proclamado”, considera o prelado, uma vez que Francisco e Jacinta personificam a ideia do que é entrar no Reino dos Céus.

D. António Marto destacou o primeiro amor de Jacinta: “o encanto e o fascínio pela beleza de Deus, que ela experimentou juntamente com o Francisco e a Lúcia sob forma daquela luz ardente que saia das mãos de Nossa Senhora e que penetrava o seu mais íntimo”.

“O testemunho da Jacinta é tão simples e tão belo, que nos interpela a tomar consciência de que a relação amorosa com Jesus está no início, no crescimento e na meta da nossa fé, e da nossa vida Cristã, porque é um amor que nos envolve”, acrescentou.

Santa Jacinta “convida a uma descoberta que mostra que Jesus Cristo é o centro da nossa vida espiritual e sem esta relação não há fé que aguente este tempo, em que vivemos uma espécie de «eclipse de Deus», ou do sentido da presença de Deus, que se nota na cultura dominante e da própria sociedade, onde se sente uma indiferença e uma ignorância de Deus, e a tentação de viver como se Deus não existisse, que é algo que contagia as comunidades cristãs”.

O bispo de Leiria-Fátima considera assim que este “é o grande desafio que hoje se impõe ao anúncio do evangelho e á transmissão viva e alegre da fé”, porque se não houver testemunho “alegre” da fé, “não somos testemunhas credíveis de Deus”.  

A pastorinha viveu a compaixão de uma “forma muito particular”, isto porque “entrou no mistério da compaixão de Deus e de Nossa Senhora, com os problemas do mundo e expressou-os na sua linguagem infantil”.

“Deus não nos deixa sós, consola-nos, conforta-nos, dá-nos força, ajuda-nos a compreender a mensagem da compaixão de Deus, que Santa Jacinta aprendeu e empreendeu ao longo da sua curta vida”, disse o prelado na homilia.

D. António Marto considera ainda que Jacinta “manifestou um verdadeiro sentido de compaixão, como participação na dor de Deus pelo drama da incredibilidade e do ódio entre os homens, sofrimento da Igreja perseguida e pelos sofrimentos da humanidade em guerra, expressão da maior crueldade do mal”.

Esta participação passou pela “incansável oração pela paz e pelos pobres pecadores”.

Assim, quotidianamente cada um é interpelado a viver este “sentido de compaixão na cultura atual, marcada pelo individualismo e indiferença pelo sofrimento dos outros, pelo abandono e marginalização daqueles que são um peso, dos que são pobres, dos que não produzem recursos suficientes”.

O prelado explicou que para o cristão de hoje “este é um caminho, o de partilhar o sofrimento dos outros, e do mundo, e testemunhar a luz, a força e o calor da fé e do amor, o que representa um desafio para a Igreja de hoje, ser uma presença ativa de compaixão”.  

“Jacinta é uma candeia onde esta luz da compaixão resplandece para nós”, considera.

“O amor compassivo é tão importante, e traduz-se em gestos, atitudes e apoios para todos aqueles que sofrem em situações limite, e todos nós devemos ser luz deste amor que se transpõe em cuidados concretos, médicos, psicológicos, afetivos, espirituais e apoios, para que ninguém seja suprimido à vida sob pretexto de aliviar a dor”, alertou D. António Marto. 

As comemorações da Festa Litúrgica dos Santos Francisco e Jacinta Marto, começaram no passado domingo com o VI Concerto Evocativo dos Três Pastorinhos de Fátima, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Ontem, teve lugar uma vigília de oração, que começou com rosário na Capelinha das Aparições, seguindo-se uma procissão para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, onde os túmulos dos Pastorinhos foram venerados pelos muitos peregrinos presentes.

Esta manhã, o Cardeal D. António Marto, fez a bênção das imagens dos Santos Francisco e Jacinta Marto que, desde ontem, estão expostas à veneração dos fiéis na Capelinha das Aparições.

Ainda esta tarde, estão previstas várias atividades com crianças. Pelas 17h30 haverá oração de vésperas na Basílica de Nossa Senhora do Rosário.

Em Lisboa, o centenário da morte de Jacinta Marto será assinalado com uma conferência, pelas 15h00, no Hospital D. Estefânia, onde faleceu a pequena pastorinha. Nesse mesmo lugar, pelas 16h30 haverá uma missa, presidida pelo Cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente.

Hoje, data em que a Igreja assinala a Festa Litúrgica dos Santos Pastorinhos, é feriado municipal do `Dia dos Pastorinhos Francisco e Jacinta Marto´, em Juranda, município da Diocese de Campo Mourão, no estado brasileiro do Paraná. Esta é a terra natal de Lucas, a criança do milagre que abriu caminho à canonização de Francisco e Jacinta Marto declarados santos a 13 de maio de 2017, em Fátima, pelo Papa Francisco.

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