O grupo missionário Ondjoyetu, da Diocese de Leiria-Fátima, trouxe ao Lapedo, no dia 25 de Setembro, mais de 400 pessoas para participarem na “Caminhada sobre Rodas”, iniciativa que visou a angariação de fundos para a aquisição de um jipe para a deslocação dos missionários pelas terras difíceis do Gungo (Angola).
No ano da renovação da geminação entre as Dioceses de Leiria-Fátima e do Sumbe, este grupo missionário pretende dar continuidade a toda a assistência que desenvolve na comuna do Gungo, mais propriamente nas onze aldeias da área em que opera.
Na “Caminhada sobre Rodas” esteve D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, que conheceu a vida difícil do Gungo num visita em janeiro de 2012. Dirigindo-se aos participantes na caminhada, o Bispo diocesano lembrou a importância deste grupo missionário diocesano, a obra realizada e a coragem do padre Vítor Mira no trabalho pioneiro da ida para Angola, ainda em plena guerra civil, facto que marcou positivamente os naturais do Gungo, deixando-lhes imensas saudades da desejada permanência deste sacerdote.
A iniciativa contou também com a presença da ex-atleta Aurora Cunha, vencedora de várias maratonas (Paris 1988, Chicago 1990, Tóquio 1988 e Roterdão 1992) e da típica S. Silvestre de S. Paulo em 1988, tendo sido campeã do mundo de 10 km em Madrid (1984), campeã do mundo 15 km em Inglaterra (1985), campeã da Taça do Mundo de pista (1985), e representado Portugal em três edições dos Jogos Olímpicos. Aurora Cunha ficou impressionada com a paisagem do Lapedo e com o modelo de organização desta caminhada solidária, prometendo ao grupo missionário que, se em 2017 se realizar a 2.ª edição, voltará a Leiria.
Raul Castro, presidente do Município de Leiria, também esteve com os missionários nesta “Caminhada sobre Rodas”, assim como José Sousa, presidente da Liberty, seguradora que tem vindo a apoiar o grupo Ondjoyetu.
A caminhada solidária foi a primeira de várias iniciativas que o grupo Ondjoyetu prepara para angariar fundos para a necessária aquisição do veículo todo o terreno destinado à Missão de S. José do Gungo, porque o atual veículo (Cavalinho Branco, assim designado pelas terras do Gungo), que há quase uma década serve esta missão, já conta com um desgaste assinalável nas duras picadas e mais de 300.000 quilómetros feitos nas montanhas que tem troços em terra batida e acessos de grau de dificuldade elevada.
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