Entrevista a Lígia Pereira, coordenadora do Encontro Nacional do Ensino Secundário da EMRC.
Tal como noticiámos na passada semana, a diocese de Leiria-Fátima acolheu, nos dias 10 e 11 de abril, a 5.ª edição do Encontro Nacional do Ensino Secundário da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica. Para o “rescaldo” desta iniciativa, que juntou em Leiria cerca de 1300 alunos e 115 professores de 70 escolas de 16 dioceses do País, fizemos algumas perguntas à docente Lígia Pereira, membro do Secretariado Nacional da Educação Cristã que coordenou o encontro.
Leiria foi uma boa anfitriã?
Leiria foi uma excelente anfitriã. Desde há uns meses a esta parte estabelecemos alguns contactos em Leiria, na pessoa do padre Gonçalo Diniz, diretor do Serviço para o Ensino da Igreja nas Escolas, bem como com a Vereação da Cultura e Educação da Câmara Municipal, com o Comissário da PSP e com o Comandante do RAL 4. A organização que nós, equipa nacional de Educação Moral e Religiosa Católica, estabelecemos foi de imediato atendida por estas instituições e enriquecida com a sua preciosa colaboração. No RAL 4 de Leiria tivemos a excelente colaboração de todos os militares, destacando a operacionalização no terreno pelo capitão Jesus.
Sem dúvida que o encontro teve uma excelente anfitriã, personalizada nestas instituições.
No título da nossa notícia, afirmámos que os “refugiados” encontraram a “paz”. Foi assim?
Os “refugiados”, neste caso os nossos alunos e professores, viveram uma verdadeira experiência da necessidade de sobrevivência e alcance de um território em paz e de abrigo. As impressões que nos deixaram depois destes dias facilmente são constatadas através das páginas sociais e da comunicação social, como foi o vosso caso.
Foi uma verdadeira experiência do colocar-se ao lado do “outro”, do sentir de quem é refugiado, do sentimento e experiência do desenraizamento, da saudade das nossas raízes, do temor e desejo de paz, da ansiedade de não saber o que estará por vir.
Em suma, todas as impressões que temos recebido, quer de professores quer de alunos, têm sido excelentes e permitem essa conclusão.
Qual a principal mensagem que levam para casa?
A de que cada um de nós pode marcar a diferença. Cada um de nós sabe colocar-se no lugar do outro; sofrer com ele, alegrar-se com ele e lutar por um mundo seguro e tolerante.